Por Máximo
Aqui no Rio só há duas torcidas: quem é Flamengo e o resto, o resto do Rio. Rubro-negros, fazemos, entretanto, uma concessão. Cultivamos um certo afeto pelo América (até meados dos anos oitenta uma grande força e hoje praticamente extinto). Lembro-me bem de 74, bem moleque, na arquibancada do Maracanã, ao som da Charanga, no lado esquerdo da tribuna de honra (lugar histórico da Nação Rubro-Negra). Sobre os ombros do Velho, vi meu primeiro título de campeão carioca, como pude ver também o surgimento dos maiores Monstros de nossa história; Junior (ainda na lateral direita), Geraldo (assobiador, que morreria logo depois, numa operação de amígdalas), Zico.
Posso dizer com franqueza que o time do América daquele ano era tecnicamente superior, com jogadores como Bráulio, Edu (irmão do Zico), Ivo, Flecha, etc. Na lateral-direita, Orlando Lelé, que, dois anos após, na seleção brasileira, naquele mesmo Maracanã, "toureou" o Ramirez (lateral uruguaio e que viria pro Flamengo) que corria furioso atrás do Rivellino em desespero em busca de refúgio no vestiário. Lembrei-me de Lelé devido a uma reportagem que li no globo sobre o Uri Geller, Lelé era a vítima predileta de Júlio Cesar.
"Lelé não, Lelé" pelo seguinte: João Filgueiras Lima, um dos maiores arquitetos brasileiros e um dos principais pesquisadores e defensores da industrialização da construção civil, também é conhecido pelo apelido de Lelé. Racionalidade, estética, ausência completa de desperdício a balizarem seu pensamento e sua prática no Centro de Tecnologia da rede Sarah em Salvador. Passear no entorno do Sarah de Brasília (nem sequer necessário entrar) vislumbra-se um exercício estético de iluminação e ventilação num exemplo de conforto de que gostaria de ver, por exemplo, aqui perto, no Pedro Ernesto, aqui do lado, na 28.
E o Vagner Love? Valeu, irmão.
SRN
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