quarta-feira, 29 de maio de 2013

Cúpula da CBF em Contagem Regressiva para a Copa


"Comissão da Verdade: torturada relata em atividade pública no Rio terror vivido na ditadura"/oglobo.globo.com

Por Máximo



E, na abertura dessa copa, teremos, em público, ao vivo, por internet, satélite e caxirola, os tradicionais de qualquer governo, ditaduras, o que for que seja oficial, conveniente, bajulador: marin e vírus dobrados.



"Vida que segue", conforme o Grande Saldanha.

Lelé e o Capeta

Por Máximo




Orlando Lelé, já falecido, foi lateral daquele timaço do, praticamente extinto, América, de 74. E o América é o único segundo time de um Rubro-Negro. O resto é o resto do Rio. 

Lelé era infernizado pelo dribles do capeta de Júlio Cesar, o Uri Geller. 


SRN

Nessa Copa Não Está Faltando o Lacerda?


Sobre a Guanabara


Todo mundo junto, à direita


terça-feira, 28 de maio de 2013

David Harvey: "como é que o acúmulo de capital pode tratar a cidade como um campo aberto para suas atividades, e onde está a resistência a isso?"



"Num certo sentido, a urbanização é um campo de acumulação de capital e, portanto, é vital para a manutenção do acúmulo de capital a longo prazo. E, num lugar em que você encontra repetidas quebras na bolsa de valores, mas depois recuperações com projetos de incorporação, esse é o caso.

Então, nós, politicamente, precisamos prestar muito mais atenção à dinâmica urbana, em termos daquilo que a acumulação de capital faz. E, para se declarar envolvido em uma política anticapitalista, nós temos de pensar a urbanização como um campo de luta de classes. É aí que eu tenho um tipo de história muito peculiar com meus colegas marxistas que gostam de falar sobre a classe trabalhadora: suas definições sobre a classe trabalhadora têm a ver com o trabalho nas fábricas, e eu sempre disse “E as pessoas que constroem as cidades? E as pessoas que  mantêm a cidade? E todo este capital fixo na cidade, a sua manutenção?”, e as pessoas dizem “Ah, tudo bem, eles estão aí, mas a classe trabalhadora nas fábricas é o que realmente conta”.

Então, eu comecei a dizer “Bem, como é que o acúmulo de capital pode tratar a cidade como um campo aberto para suas atividades, e onde está a resistência a isso?”. Se você observar, verá resistência por toda parte, porque a reurbanização, quase invariavelmente, envolve uma economia de espoliação, e a economia de espoliação, geralmente, significa o que eu gosto de chamar de acumulação por desapossamento: você desprovê as pessoas da sua vizinhança, dos seus espaços de moradia, porque você quer aqueles espaços para a incorporação.

Eu me lembro de visitar uma cidade, Seul, na Coreia, e havia enormes colinas, que estavam sendo derrubadas por gangues contratadas pelos incorporadores, para tornar aquele lugar inabitável. Daí, então, eles construíam os arranha-céus que eles queriam construir. Mas é claro que havia resistência, e havia comunidades inteiras que se organizavam de uma forma militar, para resistir a essas expulsões. Nós vemos, na China, esse projeto de urbanização que se apoia na aquisição de terra urbana e rural, e que está gerando uma oposição considerável, e há muitos relatórios, na China, de conflitos violentos com relação a esses projetos de urbanização."

David Harvey 

Extraído da revista eletrõnica e-metropolis, www.emetropolis.net,  publicação trimestral dos alunos de pós-graduação de programas vinculados ao Observatório das Metrópoles.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Autor Desconhecido

"29 de Dezembro" (autor desconhecido)



"Eu não sei escrever direito, mas dou um certo jeito 
Na hora de usar o verbo eu me lembro por exemplo 
A vinte e nove de dezembro quando morreu a minha mãe 

Me veio um choro mirrado assim um pouco ralo 
Eu diria até travado pelas palavras que faltavam 
Era um dia claro, e o Rio lindo indo e vindo a filtrar a luz 
Dia de se acordar bem 
Dia desses pra não morrer ninguém 
Evito então o "descansou" da roda à entrada da capela
Que entretanto ao me ver apela, não sei se de fato triste 
Ou se só por hábito insiste: 
"Sofreu tanto João, graças a Deus descansou." 

E eu que precisava falar. 

Como estava dizendo 
Nem sei se invento 
Pedindo a Deus que mande 
Um choro forte em vez desse lamento 
Um choro que me deixe as palavras lavadas."

sábado, 18 de maio de 2013

"Ditador dos Evangelhos"




"Foi a “experiência criminosa mais premeditada e excepcional - pela extensão, metodologia e detalhamento - de que se tem notícia na História sul-americana”, definiram juízes numa das suas condenações. Do outro lado, contaram-se 687 vítimas (511 militares e 176 civis) do terrorismo, segundo o Círculo Militar. Sem desaparecidos."

"Quando há efusão de sangue, há redenção. Deus vai redimir a Argentina por suas Forças Armadas" / Videla

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terça-feira, 14 de maio de 2013

Marin pensa em caboclo de fleury pra fechar a lateral esquerda

Por Máximo




Presidente da cbf promete não interferir na escalação, embora, para aspones que lhe seguem o exemplo atávico, Felipe Luís não é confiável na esquerda, por isso, pensa em sugerir a pinochet que convoque o caboclo de fleury para fechar aquele setor do campo.
SRN

"O Brasil Não Pode se Dar em Troca de uma Copa"/ Romário

Por Máximo




Pouco importam as pretensões de Romário. Agora revela-se indispensável, não apenas por se recusar aos lucros cômodos de uma aliança com a copa de blatter, marin e vírus dobrados, mas também por frases certeiras na veia do ufanismo de moral e cívica da meia sola de "É HORA DE SELEÇÃO". Vale ler a entrevista completa no globo, cuja conexão segue abaixo.

SRN

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/copa-das-confederacoes/a-alemanha-vai-ganhar-copa-diz-romario-8380877#ixzz2THeNLWVo 
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"É Hora de Seleção"

Por Máximo




Pela manhã, voltando da UERJ, descia a 28, antes de atravessar pra entrar na Gonzaga. Numa árvore, quase em frente ao Vila, uma placa lembrando o lugar onde Stuart Angel havia sido raptado em 71, pra morrer arrastado no pátio do galeão, a boca presa no cano de descarga. Mas, não importa: 

"É HORA DE SELEÇÃO", a de moral e cívica e ospb de que se ressente marin e vírus dobrados.

SRN

A lista de marin e vírus dobrados

Por Máximo




O que menos importa na lista que scolari acaba de convocar é a discussão em torno da ausência de malandrinho gaúcho. Mas, o ufanismo da memória de retrospectiva a que se refere Walter Benjamin. A começar pelo discurso capenga de marin. A ladainha de moral e cívica, do "todos juntos pelo Brasil", ´"é hora de seleção", só faltou o "Ame-o ou Deixe-o"; scolari, corolário, poderia dizer que pinochet torturou, matou, corrompeu, mas fez muita coisa boa. Ao lado, parreira, em silêncio, mais ou menos como na copa de 70, em que, na condição de oficial/preparador físico, só observava e relatava. 

Francamente, torço pelo fiasco desse time que não me diz absolutamente nada.

SRN

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Noel Aceitaria o Convite pra Abertura da Copa?

Por Máximo



Em "Mundos do Trabalho", em que analisa a historiografia operária, Hobsbawm fala da tentação da história contrafactual: "se minha avó tivesse rodas seria um ônibus". Pensei nisso, agora há pouco, enquanto esperava o 438 na Teodoro, rua onde morou Noel. É que, para Hobsbawm, história é o que aconteceu e não o que poderia ter sido. 

E a especulação? 

Hobsbawm escreve que "não há duvida de que continuamos a formular questões, mas, quando o fazemos, deveremos estar plena e lucidamente conscientes do que fazemos, por que fazemos e o que esperamos obter ao fazê-lo". 


Anti-panegírico, o que Noel diria se visse a pracinha Niterói destruída, parte da Manoel de Abreu fechada pra obra de um maracanã que nem sequer conheceu, e o que é pior, pausterizado, de um arrivismo de celebridade?

SRN

Pecado Laico do Tricampeonato

Por Máximo




Na ditadura, a seleção não poderia ser tricampeã com um treinador comunista. 

Ansiosamente disponível, o dócil Zagallo, o Paulo Coelho de chuteiras, ainda possuía o atributo excelente da superstição que lustraria o encantamento que, a par do "milagre econômico", não cabia ser laicizado por materialistas desagradáveis. 

Como a memória pode ser útil às vésperas do alistamento de marin e vírus dobrados.

SRN

A kombi que chora está vazando óleo

Por Máximo




Este jogo, em novembro de 81, é a memória que provoca uma pausa, suspendendo o tempo. Aquele TIME, amassando e jogando de vez fora aquele farrapo que vivia pendurado, desde 72, do lado da torcida da kombi, o fuleiro "...voseis", é hoje uma recuperação crítica do artesanato: de Raul a Lico, ideia, execução e torcida. Todos jogávamos no carrossel Rubro-Negro, carioca, que já havia sido holandês, em 74, e que tornaria, produzindo encantamento, no ano seguinte, em 82, com a maior seleção de todos os tempos. 

Como a memória pode ser útil na véspera da convocação do time do marin e vírus dobrados.

SRN

Pedra do Sal

Por Máximo


Pouco importam as pretensões de Romário. Importam os riscos que resolveu correr hoje, pois, personagem por personagem, é um ícone do futebol mundial que poderia lucrar muito se estivesse do lado da copa de blatter, marin e vírus dobrados. 


SRN


sexta-feira, 10 de maio de 2013

"Gato no Forno que não Vira Biscoito"


Por Máximo



Reparem a nova tática desses sujeitos: segundo reportagem da Folha de São Paulo, cuja conexão segue abaixo, agora mandam elementos pra tumultuar, gritando em favor do torturador. Exatamente como nos moldes do ccc, comando de caça aos comunistas, conforme registra a literatura.

Ustra é o típico "gato no forno que não vira biscoito" - pegando carona na frase do Grande Saldanha - agora com o rabo de fora. Essa tática é reveladora dos tempos da ditadura que torturava e que se manifesta justo aonde. 

Curioso. 

SRN

Passado Presente: Ame-o ou Deixe-o Antes de 2014

Por Máximo





Além do maracanã de 1 bilhão extraídos do carioca pros amigos de 1500 explorar barato, na ilação com a leitura de Andreas Huyssen, "Passado Presente", sobre a centralidade, na historiografia, das atuais culturas críticas de memória:

"Desacelerar em vez de acelerar, expandir a natureza do debate público, tentando curar as feridas provocadas pelo passado, alimentar e expandir o espaço habitável em vez de destruí-lo em função de alguma promessa futura, garantindo o 'tempo de qualidade'".


SRN

Maracanã


quarta-feira, 8 de maio de 2013

"Arte É Sangue"

Por Máximo



Sempre ao fundo da livraria José Olympio, ali na Ouvidor, e instado a escrever sobre o movimento, um entra e sai de intelectuais, escritores, artistas, Graciliano responde:

"Eu não sinto aquilo. Arte é sangue."

SRN

Frente Fria Chega ao Rio


terça-feira, 7 de maio de 2013

Rio vive novo ciclo de política de remoções

Por Paula Paiva Paulo*, http://www.canalibase.org.br/rio-vive-novo-ciclo-de-politica-de-remocoes/



Quem será o mascote?

A cidade do Rio de Janeiro vive hoje uma dramática política de remoções de comunidades, inaugurada pelos dois megaeventos esportivos que o município receberá, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e as transformações urbanísticas que eles impõem à cidade. O grande agravante é que essas remoções têm sido feitas de forma sistêmica e integrada nas 12 cidades-sede da Copa no Brasil.
A política das remoções, no entanto, está longe de ser uma novidade no Brasil. Com a chegada da Família Real, em 1808, 10 mil casas foram pintadas com as letras PR, de Príncipe Regente, que significava que o morador teria que sair de sua casa para dar lugar à realeza. Logo, PR ficou popularmente conhecido como “Ponha-se na Rua”.
Com os megaeventos que serão realizados no Rio de Janeiro, já foram, estão sendo e irão ser realizadas remoções de comunidades de diversos lugares da cidade, mas de forma mais intensa em locais de alta valorização imobiliária, como a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes. São obras para construção de equipamentos esportivos, mobilidade e reestruturação urbana. Hoje, as casas que serão removidas são marcadas com as letras SMH, de Secretaria Municipal de Habitação, que a criatividade popular também não deixou escapar e chama de “Sai do Morro Hoje”.De 200 anos para cá, a cidade do Rio de Janeiro assistiu ao final dos seus cortiços; ao nascimento das favelas e da ocupação dos morros cariocas; a reforma Pereira Passos, maior transformação no espaço carioca até então; o primeiro Plano diretor da cidade, o Plano Agache; a construção de Parques Proletários; a remoção de mais 175 mil pessoas de 1963 a 1975 e a construção de 35.517 unidades habitacionais em conjuntos na Zona Norte e Oeste; o Plano Diretor de 1992, no qual se consolida a ideia de integração das favelas a cidade. Essas mudanças ao longo do tempo nos mostram que esse modelo de cidade que encontramos hoje é fruto de uma longa construção histórica.
Segundo relatos dos moradores, as principais queixas do processo são: falta de informação relativa ao projeto da remoção, falta de participação durante o desenvolvimento das remoções, o oferecimento de alternativas desinteressantes para as famílias e truculência policial no ato da remoção.
Na Restinga, no Recreio dos Bandeirantes, o dia da remoção, dia 17 de dezembro de 2010, uma sexta-feira, foi considerado muitíssimo traumático pelos moradores. Sem aviso prévio, com forte aparato policial, as remoções aconteceram madrugada adentro, sem as famílias ainda terem sido indenizadas.
Na comunidade do Metrô-Mangueira, após as primeiras remoções, as casas eram demolidas, e quem ficava tinha que viver entre os entulhos, que não eram retirados, e acumulavam lixo, água parada, ratos, sujeira. Entre a primeira e a última família a sair da comunidade, houve um intervalo de aproximadamente dois anos, tempo em que foram forçados a viver nesta realidade.
Já a Vila Autódromo, na Barra da Tijuca, é símbolo de resistência por estar ameaçada de remoção há 20 anos. Desde 1993, quando a Prefeitura do Rio de Janeiro entrou com um processo contra a Vila Autódromo por dano ao ambiente natural, urbano, estético e visual; aos dias de hoje, com o local ameaçado pela construção do Parque Olímpico.  A resistência continua, mas é forte a pressão do governo, sob a justificativa da urgência e usando uma paixão nacional como bandeira.
*Jornalista, acaba de finalizar a graduação com uma grande reportagem sob o tema das remoções 

Não Autorizado

Por Máximo

Faltou apenas o som ligado, Lobão ou Tom Zé, tanto faz. É que, vindo da memória do envelope, desenhos de um moleque de 9 anos, enquanto lia que um grupo de celebridades quer desautorizar projeto de lei que autoriza biografias não autorizadas. 

SRN