quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Um bico na klefer, traffic etc

"O Presidente da Ferj está certo". 


Eu me lembro desse ex-empregado da globo, negocista da bola, marqueteiro fuleiro, na presidência do Flamengo, falando do "ataque dos sonhos" (Romário, Edmundo e Sávio). Era, se não me engano, 1995. Nem a torcida entrava nessa, sentindo o cheiro da negociata, a intermediação em que o Flamengo era usado pelo negocista num vai e vem de jogadores com empresários que faziam da Gávea porta de boate. O Sávio era a maior revelação do Flamengo desde Adílio, Leandro, Mozer e Aldair, do nosso lema "craques o Flamengo faz em casa". Esse negocista acabou com isso,queimando o Sávio em favor das mordomias do Romário, que exigia muito e produzia pouco. Amigo e parceiro de outro ex-empregado da globo e negocista ainda mais notório, dono da traffic, cujo nome é perfeito. 

Onde o negocista estiver, o Flamengo deve passar longe.

SRN


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Jaime Antunes, um profissional impecável sacrificado na cota anti-impeachment

Jaime Antunes foi meu professor de arquivística e paleografia na minha graduação de história na UERJ. Um professor correto, impecável, justo e atencioso. Eu e a Catia, que também fez história na mesma turma, participamos de vários eventos no Arquivo nacional em que a excelência técnica era a marca. Não entro no cerne do problema da renovação na gestão pública. Não tenho formação na área nem conhecimento político do assunto. Apenas lamento que o excelente profissional e professor Jaime Antunes seja substituído da direção do Arquivo Nacional por conta da cota política de que este governo dos 'trabalhadores" precisa pra evitar o impeachment. E o que é pior, por um político muito próximo à bancada evangélica. Já não basta o triste Ministro da Saúde, inepto e ridículo, escolhido pela Presidente, também por conta da cota anti-impeachment.

S
RN

ANPUH
2 h
CARTA ABERTA EM DEFESA DO ARQUIVO NACIONAL
Excelentíssimo Senhor
Dr. José Eduardo Cardozo
DD. Ministro da Justiça - Ministério da Justiça
Exmo. Senhor
O meio acadêmico, cientifico e cultural brasileiro acompanha, com extrema preocupação, o recente anúncio da mudança na direção do Arquivo Nacional. A renovação dos quadros dirigentes em órgãos da esfera pública do poder Executivo constitui-se em prática necessária e salutar. Entretanto, o Arquivo Nacional é uma instituição com características bastante peculiares e sua gestão requer formação acadêmica e técnica de alto nível, tendo em vista a extrema complexidade e os desafios que se colocam para instituições do gênero em âmbito internacional.
Nas últimas décadas, o Arquivo Nacional, principal instituição do país no campo da arquivística, desenvolveu uma série de parcerias com entidades nacionais e internacionais e se constituiu em principal referência para a salvaguarda da documentação histórica do país. Os diversos projetos de cooperação, tais como o Programa Memória do Mundo e o Centro de Referência das Lutas Políticas Memórias Reveladas, são apenas algumas de suas mais bem sucedidas iniciativas, reconhecidas no meio acadêmico e na sociedade civil. Ademais, o Arquivo Nacional atua como órgão central de um dos nove sistemas estruturantes da Administração Pública Federal, o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA), além de ter a incumbência de acompanhar e implementar a Política Nacional de Arquivos, conforme definida pelo Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ).
É fundamental que a escolha do gestor de tão importante instituição, responsável pelas políticas arquivísticas do Brasil, no que concerne à gestão, preservação e ao acesso aos documentos, paute-se unicamente pela competência e experiência, de modo a assegurar a manutenção e a ampliação das políticas de interesse público e a reafirmação de seus compromissos com a sociedade brasileira.
A Associação Nacional de História (ANPUH), que tem entre seus objetivos a proteção, aperfeiçoamento, fomento, estímulo e desenvolvimento do ensino e pesquisa da História, em seus diversos níveis, e das demais atividades relacionadas ao ofício do historiador, reitera a importância da escolha de quadros altamente especializados na gestão de instituições públicas, como é o caso do Arquivo Nacional.
Profa. Dra. Maria Helena R. Capelato
Presidente da Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil)

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Museu do Negro


Meu amigo Bruno Alves Fernandes, historiador do Museu do Negro, me manda as fotos dos meus desenhos, baixo-relevo e tela expostos naquele Museu, localizado na Igreja da Irmandade da Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. É a Igreja Popular, apropriada pelo povo, ali na Uruguaiana, conhecida como a "Igreja da Escrava Anastácia". Meus "João Cândido", "Mandela", "Barbosa", "Nelson Sargento", "Martin Luther King": uma honra pra este desenhista professor de História. Lembrei-me, de imediato, da definição de Le Goff a respeito da fonte como "monumento/documento": a síntese de duas práticas distintas de registro da experiência. Enquanto o documento possui um caráter de prova objetiva, de verificação e controle, o monumento diz respeito à memória, evocação do passado e recordação permanente. Meus desenhos, baixo-relevo e tela, ao menos, por estarem no Museu, servem à rememoração coletiva contra essa pauta reacionária que perdeu os escrúpulos e insiste em avançar sobre o espaço público.

SRN





sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Ogum contra Ghost


Contra o sangue que corre impune na saúde pública carioca, pela inépcia e passividade deste Ghost, aliado ao seu Coringa Municipal, Ogum, o Guerreiro Popular:

"Ogum, o violento guerreiro, o homem louco, dos músculos de aço.Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!" / Lendas Africanas dos Orixás, de Pierre Verger

SRN


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Moacir

Nosso meio-campo, campeão do mundo em 58,na Suécia. Foi pro Equador (não sei se ainda está vivo). Quando o Adílio começou a aparecer, vindo do júnior, em 77, ouvi muita analogia. Vale a lembrança, aqui na Comuna, e também uma associação com o estado do nosso estado. 

Segundo o historiador Jacques Le Goff, ao tratar de fontes históricas, o monumento é uma rememoração coletiva e demonstra a natureza do poder que o construiu. Basta passar pela Presidente Vargas e ver a cabeça da cultura material africana (se não me engano, do século XIII), com que Darcy Ribeiro decidiu representar as lutas pela emancipação afro-descendente no Brasil. A diferença para a aridez e mesquinhez do atual governo do Rio, cuja orientação principal vem da cartilha da agência de risco internacional, Fernando & Armínio:

“O estado tem de caber dentro de sua arrecadação.”

SRN