quarta-feira, 31 de julho de 2013

Vatapá por tabela do resto do Rio

Por Máximo



A tricolagem, os viceínos, os amarelos, na verdade, toda a segunda divisão carioca cabe sempre num ônibus quando se trata de falar ao motorista somente o indispensável: "salto aonde pra torcer contra o Flamengo?" 

Aqui em Vila Isabel, felizmente, são poucos os morteiros pra cada gol feito pelo Bahia. 

A segunda completa e complexada parece que fica mais feliz com a validação de um gol ilegítimo dos baianos do que com sua própria produção. 

É o tal negócio...


SRN

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Chico Câmara?

Por Máximo



Dom Helder Câmara havia sido integralista na juventude. Teotônio Vilela, usineiro, golpista de 64. O primeiro foi tão progressista, que virou o "Bispo Vermelho", ao passo que o segundo rompeu com a ditadura, e, doente, o câncer terminal, arrastou-se, peregrino, pelademocratização, tornando-se uma figura ícone, a ponto de ser desenhado por Henfil como símbolo da luta pelas Diretas. 


Torço pra que Francisco, no mínimo silente em relação à ditadura argentina, esteja sendo mesmo sincero nas grandes coisas que disse aqui no Rio. Procurei desenhá-lo com traços de Dom Helder.


SRN

domingo, 28 de julho de 2013

Apoteose do Chico

Por Máximo




"Estado Laico" e "Cultura do Encontro": ao menos dois pontos relevantes, no discurso do Municipal, na apoteose de Francisco no Rio. 


SRN

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cuca Justa

Por Máximo



Com problemas na Gávea, apesar de campeão, Cuca não poderia passar incólume à chorumela a que foi exposto ali perto do Pineu (embora tenha feito o time do vizinho jogar bonito). Salvou as laranjeiras de um ajuste histórico (o que prova que a história nada tem, de fato, de teleológica). Cuca há muito é o melhor treinador do Brasil. Lembra-me o Telê, injustiçado durante tempos apenas por não ter ganhado um torneio em que jogou com o melhor time que já vestiu esse uniforme amarelo. A substituição que fez no intervalo ontem, acertando a saída de bola com a entrada do Rosinei, rápido,incisivo, fez o garnizé controlar o jogo, virar a bola, sufocar o Olímpia. 


Outro grande, não sei por que não lembrado pro time do marin e vírus anexos, é o grande zagueiro, Leonardo Silva, que veio aqui do Rio, da grande Madureira. Golaço. Subiu e deixou a cabeça bater na bola, pra bola poder entrar onde entrou. Não deve mesmo ser convocado nessa "Era do Caveirão", em que jogamos sem bola, marcando pressão e fazendo falta. 


SRN, Cuca

terça-feira, 16 de julho de 2013

Garnizé "revolucionário"

Por Máximo




O presidente do atlético mineiro diz que tinha 5 anos quando da "revolução" de 64, que marin faz um trabalho excelente na defesa do galo e que votará no deputado da arena que pediu a cabeça de Herzog e se derramava pelo terrífico fleury nas eleições da cbf do ano que vem. Tenho a edição de Maquiavel, com comentários de Napoleão, da Editora Revista dos Tribunais. A respeito de moral e de glória, que o florentino procurava cotejar à ação política do príncipe, o 18 Brumário é peremptório: "Preocupações pueris. A vitória sempre traz a glória, independe dos meios de se tê-la obtido". 


SRN (1980, Maracanã: 3x2; 1987, Mineirão: 3x2)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

96 Anos do Grande Saldanha

Por Máximo



Hoje é aniversário do sujeito cujas crônicas no JB valiam a assinatura ou a ida às bancas. 

Dispensado da seleção, pois a ditadura não podia ser tricampeã com um time dirigido por um comunista. 

Morreu no início da "Era Dunga", na Itália, em 90, vendo aquela copa pavorosa, que só valia pela presença do Maradona, estourado, mas, impagável, na imagem clássica na final contra a Alemanha (campeã num penâlti suspeito), o queixo empinado, desafiando havelange e os vírus anexos da época. 

O que escreveria e diria hoje, na "Era do Caveirão", desse futebol de arrivismo de celebridades, em que aprendemos a jogar sem a bola, marcando pressão, abafando o adversário?

SRN

Bird

Por Máximo




Vindo da UERJ, descendo a 28, entrei na Pereira Nunes, o cruzamento em que a Teodoro vira Manoel de Abreu, atravesso, Negrão de Lima (a "rua do rio", do rio Joana), entro na Gonzaga, à esquerda. Na cabeça "Relaxin`at Camarillo", de Charlie Parker, e o grande filme do Clint Eastwood, particularmente, daquela cena do hospício em que a mulher de Parker é interrogada pelo psiquiatra se queria um músico ou um marido. 

Resposta: "não se separam". 

Fui procurar o desenho antigo que havia feito.

SRN

Bispo do Rosário


terça-feira, 2 de julho de 2013

"Era do Caveirão": 10 x 0

Por Máximo

Aprendemos a jogar sem bola, marcando pressão, abafando o adversário.

SRN


"Bote Fé"

Por Máximo

Funerária Dolan garante o Reino dos Céus.

SRN


O Cavalo do Jabor

Por Máximo

Existe coisa mais chata do que um texto de taxonomia sobre os chatos? Não foi à toa que escolhi a palavra taxonomia. Foi só pra ser tão chato quanto obrigar a que se pare pra pensar o seu significado. E o que é pior: "A Nova Safra dos Chatos", de Arnaldo Jabor. A aporrinhação de se dar ao trabalho é só pra fundamentar as gracinhas do autor que dirá, do alto de sua pretensão disfarçada de quem não quer nada, convenientemente indiferente: "eu não disse?" 

E ver um espaço de concessão pública aberto praticamente todos os dias pra ver se o cavalo do Jabor pega certo o caboclo do tricolor Nelson Rodrigues.


 Nunca pega - o que é muito chato.


SRN


segunda-feira, 1 de julho de 2013

A "Era do Caveirão"

Por Máximo




É uma injustiça com o Dunga. Ao invés da recidiva de chamar de "Nova Era Dunga", prefiro "Era do Caveirão". Certo, a memória não serve apenas pra resistir, mas também como alternativa. À "Era do caveirão", do jogar sem bola, mas, não ao estilo da Holanda de Cruyff, e sim ao do caveirão, a marcação por pressão, fazendo falta, abafando o adversário, é perfeitamente possível contrapor um estilo de toque de bola, habilidoso, na atualização da seleção de 82 ou do Flamengo de 81.

Curioso o partido único conveniente do ufanismo de resultado. 

SRN

Quando volta a ter sono, o Gigante não anda de ônibus


Nova Era Dunga

Por Máximo

Aprendemos a jogar sem bola, marcando pressão, abafando o adversário.

SRN