A história não tem destino nem, há muito, serve como mestra. A teleologia superada pela historiografia e o presentismo que já fez o historiador Hobsbawn, em um dos textos em Sobre História, ironizá-lo com o certeiro “ou Elvis morreu ou Elvis não morreu” – nem um nem outro, entretanto, inviabiliza a perspectiva. Há fontes que ajudam a tentar entender, dar um sentido ao movimento que escoa a vida.
A curatela militar é assim bem caracterizada por Fernando Henrique, em entrevista ao sítio DW Brasil. Questionado sobre o futuro do governo Bolsonaro, entre o “liberalismo econômico, a racionalidade burocrática-militar ou o conservadorismo militante e insensato”, Fernando Henrique considera que “a tecnocracia é conservadora, mas não é reacionária, retrógrada.” E ironiza a Tríade Escatológica que fará Jesus cantar, primeiro, do alto da goiabeira, o hino nacional, para, depois, entrar numa nave alienígena, sentar-se ao lado de Trump e, juntos, desembarcarem na história em missão de resgate da Sociedade Cristã Ocidental.
O cerne do problema recorta a preocupação que poderia ser melhor explicada: para Fernando Henrique, os militares “não tinham e não têm o propósito de voltar ao poder, vão acabar comprometidos”, por serem os mais sensatos neste governo improvisado em facebook.
Será que o ex-presidente não sabe nada a respeito da ação de Steve Bannon e do que precedeu e constituiu a aglutinação dos militares do tal Grupo de Brasília?
SRN
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