sexta-feira, 11 de abril de 2014

Olha o Factóide, Pelaipe

Por Máximo



Espero que o Pelaipe saiba distinguir factóide. 

Perdemos porque o Leon foi melhor nos envolvendo com um toque de bola rápido e incisivo. 

Ante à personalização do fato estudar história ajuda, ajuda, sobretudo, no futebol em que deveria ser disciplina obrigatória. Na medida da contribuição individual, a do Jaime foi decisiva na reformulação à volta da simplicidade, à recuperação do ambiente Rubro-Negro bastante deteriorado pelos midiáticos treineros do espetáculo, pseudo-tecnocratas da bola, como o que havia na Gávea e que já começara errado pelo nome. Aqui no Rio sempre foi "meu irmão", razão pela qual sempre fizemos história com gente saída da própria Gávea: Carpegiane (para de jogar e assume o time pra ser Campeão da Libertadores e Mundial), Carlos Alberto Torres (que havia jogado na zaga ao final dos anos 70, em fim de carreira) Carlinhos, Andrade, agora o Jaime.

Olha o factóide, Pelaipe

SRN

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Saúde à Viúva

Por Máximo




Não  à toa a recuperação de E. P.  Thompson. O futebol, a este respeito, é emblemático. O tal do Costa, expulso ontem, somado ao gol de outro dia anulado, acabam sempre na reedição, agora em versão eletrônica e digital, do Partido Terrífico Rubro-Negro. A despeito da estupidez que não vale nem a piada, não dá pra aturar das críticas ao futebol achar que o cara vai votar no governo e puxar o saco do patrão porque o time dele ganhou. É a velha história do conceito de populismo da sociologia paulista, na carona do Grupo de Itatiaia da década de 50, da incorporação tutelada das massas desorganizadas e inconscientes. Só falta o cara subir na marquise. Mas, em São Cristóvão, profilaticamente, isso está proibido pela Defesa Civil.


SRN

quinta-feira, 3 de abril de 2014

2 x 1, de Virada

Por Máximo


Agora decidiremos em casa. A entrada de Negueba, na visão exata e tranquila de Jaime, e o lançamento ao final pro Paulinho, livre, à entrada da área, bater livre no canto. 

A ideia de Nação, se sobrevive com toda força, sobrevive, de fato, na Nação Rubro-Negra. 

O gol do Paulinho explodiu o Rio.

SRN


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pianola Boilesen

Por Máximo



"Cidadão Boilesen", de Chaim Litewski, é um documentário sobre o dinamarquês Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragaz e o mais ostensivo relações públicas no meio empresarial paulista no financiamento da Operação Bandeirantes, a Oban, em 1969, um dos centros mais terríficos da tortura na ditadura militar. Na sistematização da tortura, a Oban tinha um papel estratégico e Boilensen era uma espécie de missionário da Universal do Reino do Capeta. Convocava a paulicéia endinheirada pra ouvir Delfim Neto, o milagre econômico que pregava o crescimento do bolo pra só muito tempo depois, eventualmente, reparti-lo e passava a sacola pro dízimo necessário à obra purificadora da Oban. 

Boilesen gostava tanto da purificação que só podia vir da maceração da carne que chegara a importar um instrumento de aperfeiçoamento dos martírios conhecido no meio, conforme o documentário de Litewski, como "pianola Boilesen". Era um teclado que intensiva os choques elétricos aplicados no corpo, em geral, pendurado no pau-de-arara, este, de resto, técnica de tortura popular, de ontem, de hoje, sempre que pobreza e povo  foram caso da polícia nacional. Não à toa terminar o dinamarquês estourado no meio-fio.

Um bom tema não apenas de documentário, mas de monografia, seria uma pesquisa minuciosa, com fontes e referência rigorosas,  da ligação de muita gente boa, respeitável e temente a Deus com o financiamento da sistematização "científica" da tortura na ditadura.

SRN