sábado, 12 de novembro de 2011

"Morna"

Por Máximo



O sotaque lusitano na boca de uma negra linda cantando "Morna":

"Se m'sabia
M'k tava ama
Ess morna"

 A televisão vira uma moldura, audiovisual que se justifica em pintura, ou pintura que encontra a forma justa do movimento. As veias abertas pelo Atlântico ligando Vila isabel  a Lisboa, passando Açores, passando Cabo verde, Lambendo a África.

"Morna" se dilui, devagar, em vermelho, mais vermelho, praticamente Rubro-Negro agora o sucede "Homenagem à Amália Rodrigues", cujo atavismo está antes da memória, marca do útero úbere da mãe, da avó, na travessia emigrante do Atlântico. A mulher que tanto fascina - a quem o mundo um dia será só seu - não fala feminina na voz sentimental, cantilena de uma fadista. O que dá pra ouvir é o português cuja fala, analfabeta, ainda estaria muito longe de virar brasileiro, como diria Noel Rosa.

A Revolução dos Cravos, imagens de arquivo:

"Todos nós herdamos, lusitanos, seus filhos, uma boa dose de lirismo, além da sífilis, é claro".

Chico Buarque agora canta a linda mulata num fado para avisar, irônico, que "esta terra ainda irá cumprir o seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso Portugal".

SRN

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As Tias do Justin Bieber

Por Máximo





Dava para vê-las, ontem, excitadas, do outro lado do engenhão. Depois do trabalho e da aporrinhola com as sobrinhas, viram que não iam arrumar nada com os placebos paraguaios das laranjeiras e não se arrependeram.

sábado, 8 de outubro de 2011

Parabéns Ludopédio

Por Máximo




O Flamengo é uma premissa a partir da qual tudo é consequência. Uma tese que se confirma o tempo todo, autodemonstrável, como se vê. Ser Rubro-Negro equivale a uma espécie de visto, com passaporte livre, sobretudo, à grande arte. É, por isso, que este blog resolveu desenhar um craque, a fim de homenagear os dois anos de um excelente sítio sobre o futebol. É que este blog, quando foi recentemente a São Paulo participar de uma exposição em homenagem ao autor Telê Santana de uma das grandes pinturas da história do futebol, a seleção de 82, o sítio Ludopédio, www.ludopedio.com.br, através do palmeirense Sérgio Giglio, o recebeu muito bem, calando uma das diversões preferidas de todo carioca e Rubro-Negro que é fazer humor com paulista, são paulino, palmeirense, santista (a Ilha do Governador com sotaque, só que muito longe), etc.

De todo modo, o grande Ademir da Guia veio de Bangu, filho de um monstro, à altura do Grande Leandro, Peixe-Frito, maior Monstro Sagrado, tanto na lateral, quanto no meio da zaga, que o futebol já conheceu. Ademir da Guia, um cracaço, era filho de ninguém menos do que Domingos da Guia, zagueiro do Varandão da Saudade Rubro-Negro.

Parabéns Sérgio, palmeirense e um dos responsáveis pelo excelente Ludopédio.