quinta-feira, 31 de outubro de 2013

E.P.Thompson, zagueiro da seleção inglesa

Por Máximo



Perguntado agora sobre Thompson e as supostas consequências do que ele disse sobre as manifestações na Copa das confederações, o treinero foi incisivo:

"Não falo sobre nomes que não estejam na lista. Muito menos sobre declarações de atletas estrangeiros que querem perturbar o nosso ambiente interno."

SRN

Ao Invés de Canarinho, Galinha Verde

Por Máximo



Quando a situação aperta, costumo desenhar de parede de botequim à cartilha de evangélico. Uma plasticidade que ajuda muito, sobretudo pra desenhar orixás e caboclos, pelo colorido, pelas possibilidades de formas. Foi o que me valeu, durante algum tempo, uma loja de artigos religiosos aqui em Vila Isabel, perto da 28. Aliás, na 28 mesmo, quase esquina com a Souza Franco tem o caboclo Sete Flechas que não sei se poderia ajudar o treinero do 11 de setembro de 1973. O negócio é o treinero  sair da cbf , agora na Barra, descer o Alto, e vir aqui em Vila Isabel consultar um caboclo de confiança a fim de saber das condições e da disposição do plínio salgado em defender o time do marin e vírus anexos. Plínio e Hulk: não é uma maravilha de ataque pátrio pra copa?

SRN

O Cuco do Ufanismo

Por Máximo




Como se já não bastasse ajudar a implantar a Era do Caveirão, em que aprendemos a jogar sem bola, marcando pressão e fazendo falta, o treinero do 11 de setembro de 1973 faz a recidiva do ufanismo. Pede a cassação da cidadania de Diego Costa, que se recusa a jogar no time da cbf de blatter, marin e vírus anexos. 

Terá a literatura pátria perdido mais um poeta do silêncio?

SRN

À Simplicidade do Zagueiro Campeão de 74

Por Máximo



A simplicidade é, de fato, uma conquista. E Jaime não poderia ser senão Rubro-Negro. 

Não poderia ser tricolor, em meio à nostalgia de uma tradição inventada sem sequer ter lido Hobsbawm. A tricolagem me lembra aquela foto do Jânio Quadros trocando as pernas, trabalhada nesses programas de colorir por computador, muito pior do que de um pastel oleoso, mal feito à mão. 

Não poderia sofrer ser botafogo, pois, após certa idade, imunizamo-nos contra certas chorumelas e não choramos ouvindo Agnaldo Timóteo. Quanto ao resto, sobrou alguma coisa?

Pois é isso: Jaime sabe que está na simplicidade a sabedoria de enxugar o excesso de pernas criadas pelo "delfin boy" que já começara errado até nome e que atrapalhava conhecêssemos o futebol do Paulinho. Soube também ontem jogar com serenidade, sempre compacto, atrás da linha da bola, buscando os gols necessários, e um segundo tempo sem riscos. 

SRN, Zagueiro Campeão de 74

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uso de Imagem na Sala de Aula de História

Por Máximo



Uma biografia, por exemplo, de Geraldo, "assobiador", meio-campo habilidoso do Flamengo, que surge com Zico, chega à seleção brasileira, dirigida por Oswaldo Brandão, em 1975, e morre de operação de amígdalas no ano seguinte, em 1976. Um personagem cujas contradições ajudariam a compreender um futebol de transição à pasteurização atual. Não só andava sobre a bola, na jogada famosa que Zidane imortalizaria, mas também pela sua morte, aos 22 anos, por todas as possibilidades ou, talvez, pelas que não se ensejariam, no confronto com sua concretude histórica, como se os personagens não pudessem ser diferentes do que foram, benzidos pelo destino e condenados ao heroísmo. 
Abordar Geraldo, como tema de uma biografia, já é uma escolha crítica. Impossível a ausência de paradoxos na trajetória deste mineiro que tinha até nome de personagem: Geraldo Cleofas. A um só tempo artista e desperdício, quando irritava a torcida com dribles e jogadas sem nenhum outro propósito senão o de simplesmente brincar em campo, como se estivesse numa pelada. Nessa hora éramos unânimes, no lado esquerdo da tribuna de honra: pedíamos em uníssono: Tadeu! Tadeu! -  meio-campo correto, vindo do América, que ainda existia e era um clube relevante a um ponto, até o ponto de ser considerado um dos “cinco grandes” do futebol carioca.
Geraldo também era completamente displicente em relação ao tipo de profissionalismo do futebol brasileiro. Pensamos que, neste ponto, de tudo o que já se disse sobre a sua estrutura profissional, semiprofissional, paternalista, até escravista (pela antiga lei do passe, em que o jogador era “vendido” e “comprado’, literalmente, como pé-de-obra compulsório), um modo de aproximação ao futebol brasileiro talvez esteja em considerar a incompletude das relações modernas um espaço conveniente com todas as condições objetivas e subjetivas para as questões pós-modernas, tais como, o acirramento do individualismo, a precarização do trabalho, de um lado (a maior parte dos jogadores profissionais no Brasil ganha muito mal e trabalha em condições piores ainda), do outro, a pasteurização dos estádios, a construção do espetáculo midiático, com jogadores produzidos concomitante em estúdio e no campo, “fenômenos” dados de antemão (exemplo evidente, recentíssimo, é o Pato. Quem paga o pato desse pobre-diabo inventado? O que importa, porém, é o cinismo que mói um pobre-diabo feito pelo departamento de propaganda pra ser um cracaço, quando não passa de uma atualização do Iranildo. Venderam dele o que puderam e esse craque de videogame agora é cobrado por não ter "consciência da importância e da gravidade do momento por que passa o Corínthians". E isso é dito como se o estúdio fosse o Palácio do Planalto, sem se considerar que o futebol é uma paixão que mobiliza aspectos coletivos ainda não suficientemente estudados.)
São questões que o professor pode trabalhar em sala, pois que o futebol é um tema da realidade de – podemos dizer – todos os alunos, gostem ou não de futebol.  A oportunidade de trabalhar a figura de Geraldo mobiliza a problematização de diversas categorias históricas: o tempo, a memória, a história dos “vencidos”, a relação passado-presente, além de discutir o ponto central do problema das biografias não autorizadas: os indivíduos não explicam a história, mas sem eles não há história, por isso, a importância de se conhecer-lhes as ações e como, e em que medida,  suas personalidades, características, gostos, comportamentos e idiossincrasias podem influenciar e produzir consequências históricas. Mostrar, no próprio exemplo do que o professor conhece do Geraldo e do que todos vemos e sabemos hoje do Pato, os interesses envolvidos na construção de personagens e dos problemas evidentes de uma versão autorizada, laudatória, panegírica.
SRN

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Saudações Rubro-Negras

Por Máximo




Rubro-Negro é ser todo dia. Mas, um registro e segue Mário Filho, Grande Rubro-Negro, autor do clássico "O Negro no futebol brasileiro", "Histórias do Flamengo'" e nome, pela sua contribuição ao futebol, do Maracanã, não este, pasteurizado, de blatter, marin, vírus anexos e do outro que já começou errado pelo nome: aqui no Rio, de resto, não é "mano", é meu irmão.


SRN