sexta-feira, 29 de junho de 2012

Campanha pela criação do Centro de Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis

Por Máximo

Indispensável a memória que incomoda.

A cabeça tranquila no travesseiro não pode ser condição para quem expôs à selvageria homens e mulheres, sem quaisquer possibilidades de defesa.

SRN




Campanha pela criação do Centro de Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis – RJ


No dia 01 de dezembro de 2010, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis realizou um ato-evento em comemoração aos 25 anos de lançamento do livro Brasil Nunca Mais, ocasião na qual foram rememoradas as atrocidades cometidas pela ditadura militar neste país e reivindicadas a memória, a verdade e a justiça para os sobreviventes, seus familiares e todos os brasileiros.

Nesta história obscura marcada por extrema covardia dos agentes do Estado, Petrópolis ficou conhecida entre os opositores do regime político da época como sede de uma casa de tortura da qual, ao que tudo indicava, ninguém saía vivo: a “Casa da Morte” ou “Casa dos Horrores”, localizada à Rua Arthur Barbosa, Centro, nº 120.

Foram muitos os que ali estiveram clandestinamente presos, tendo sofrido cruéis e por vezes sofisticadas técnicas de violência: Inês Etienne Romeu, Aluísio Palhano Pedreira Ferreira, Heleny Teles Guariba, Paulo Celestino da Silva, Ivan Mota Dias e muitos outros que tiveram suas mentes dilaceradas, seus corpos destruídos ou enterrados em cemitérios clandestinos. De todos que passaram por esta nefasta casa, até onde se sabe, apenas Inês escapou à morte. Tudo por ousarem lutar pela liberdade e pela democracia.

O reconhecimento deste espaço como um lugar utilizado pela ditadura militar para torturar, matar e reprimir a luta pela democracia neste país, bem como a publicização dos documentos que revelem quem nesta casa esteve preso, é fundamental para que as novas gerações conheçam essa história e para que ela nunca mais se repita.

É por estes homens e mulheres e tantos outros assassinados nos porões da ditadura que o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, constituído em 1979, na luta pela democracia e defesa dos direitos humanos, unido a outras organizações, movimentos e pessoas que assinam este documento, vêm reivindicar que a Prefeitura Municipal de Petrópolis, através de seu prefeito, Paulo Mustrangi, adquira a “Casa da Morte” de Petrópolis e que ali crie um Centro de Memória, Verdade de Petrópolis.

Nós, abaixo-assinados, somos favoráveis à Campanha pela criação do Centro de Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis.

"A cada companheiro tombado
nenhum minuto de silêncio
mas toda uma vida de luta"

Os signatários


Link do abaixo-assinado online: «Campanha pela criação do Centro de Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis - RJ»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N7357

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Amílcar_Fidel em Estudáfrica




Fiz este desenho por ter de começar de algum ponto que me diminuísse o estranhamento no início do estudo da História da África. Mais por Fidel Castro do que por Amílcar Cabral, cuja trajetória também desconhecia. O desenho a partir da foto clássica, registrada na Conferência Tricontinental de Solidariedade dos Povos da Ásia, África e América latina, em 1966, era uma referência segura de que necessitava. A ignorância imensa, descobrir a Casa das Áfricas, www.casadasafricas.org.br, através da excelente professora Ynaê Lopes dos Santos, no seminário Presença Africana no Brasil, realizado na Caixa Cultural, ali na cidade, buscar bibliografia que me foi dada pela doce professora de Pesquisa História, da UERJ, Beatriz Vieira, na ementa do curso sobre a África, dado também na UERJ,  pela grande Beatriz Bissio, editora da melhor imprensa já feita sobre a África, sobre a Ásia, sobre as iniquidades sem adjetivos: "Cadernos do Terceiro Mundo".

Lançar um novo blog é muito fácil. A facilidade de meios afoga a expressão num caos inescrutável. Pode-se dizer, escrever, fazer o que for. Garante-se, de resto, o lúdico.

"A África Ante o Legado de Amílcar Cabral", de Leopoldo Amado, publicado originalmente no jornal África Lusófona, em agosto de 2002, e que viria a ser também apresentado no Simpósio Internacional "Amílcar Cabral" realizado em Cabo Verde.  Este texto inicia Estudáfrica, www.estudafrica.blogspot.com. Seu link estará permanentemente aqui do lado. Se se dispuserem, deem, de quando em quando, uma passada por lá.

SRN
Máximo

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE AOS AMIGOS E COMPANHEIROS DO GRUPO TORTURA NUNCA MAIS/RJ

                                        


Durante  mais de 27 anos, o GTNM/RJ tem mantido o seu  compromisso com os Direitos Humanos, denunciando crimes que ocorreram durante a ditadura civil-militar, e que ocorrem até hoje, embora seja propagandeado que vivemos em um Estado democrático de direito pleno.

O  Grupo tem sido eticamente coerente com seus princípios: suprapartidário, não aceitando ajuda   de nenhum governo. Desde sua fundação, em 1985, sobrevive graças ao empenho de seus amigos e parceiros e, com verbas de entidades   internacionais de Direitos Humanos, desenvolve  projeto pioneiro no Brasil de atendimento clínico e jurídico.

Neste momento, atravessamos uma grave crise financeira. Até os projetos de atendimento aos atingidos pela violência do Estado foram minimizados e estão  ameaçados de acabar, pois as verbas vindas da Europa estão escasseando. Embora tenhamos reduzido ao máximo as nossas despesas, a situação é muito  grave.

Esta  nova Campanha de Solidariedade tem por objetivo  conseguir uma ajuda mensal fixa daqueles que  sempre têm ajudado a manter viva essa luta. Essas  cotas, determinadas por cada um que queira participar, serão acompanhadas por nós e usada para a manutenção da nossa sede.

Contamos  com vocês para continuarem a contribuir com essa  causa que não é somente nossa, mas de todo o povo  brasileiro, que continua almejando um verdadeiro  Estado democrático de direito, que coloque à luz a  verdadeira história do nosso país.

Solicitamos   que esta campanha seja o mais amplamente  divulgada.


Pela  Memória, Verdade e Justiça!

Pela  Vida, Pela Paz
Tortura Nunca Mais!


Rio de Janeiro, 5 de junho de 2012.
Diretoria  do GTNM/RJ


Solicita-se  a todos(as) que queiram entrar nesta Campanha que seja depositada  qualquer quantia no Banco Itaú, agência 0389, conta 77791-3, em nome de Tortura Nunca Mais.

Como      uma alternativa de colaboração estamos apresentando dois livros recém lançados – “Clínica e Política 2” e “20 Anos da Medalha  Chico Mendes de Resistência: memórias e lutas” – e mais o vídeo “Memória para Uso Diário” – documentário sobre a trajetória do      GTNM/RJ – a preços mínimos. Por cada um deles, a colaboração é de      R$ 20,00 (vinte reais). O kit que contém os três (os dois livros e      mais o vídeo) sai a R$ 50,00 (cinqüenta reais).

Os  interessados podem fazer contato com o GTNM/RJ através de sua secretaria (Zélia ou Victor) de 2ª a 6ª feira , de 10 horas às 19 horas, pelos telefones: (21) 2286.8762 ou (21) 2526.2491 ou pelo e-mail: gtnm@alternex.com.br