Leandro Konder tinha nome de craque e foi um grande divulgador. Uma característica pejorativa no mundo acadêmico em que que a busca pela contribuição que faça a diferença é uma obsessão. Tive, na UERJ, alguns professores que fizeram eletivas com ele na PUC. Diziam-no um sujeito excelente, de refinado senso de humor e, sobretudo, tolerante e aberto ao debate. Um erudito, filho de comunista histórico, talvez, por isso, consciente da importância da divulgação do pensamento produtivo que não pode vir do produtivismo acadêmico que obriga a "bater metas", como uma loja de departamentos de pós-graduação. Tenho um livro dele, "Marx, vida e obra",edição de 1974, edição da Paz e Terra e coedição José Alvaro,comprado barato num daqueles sebos na Cidade, quase na Praça Tiradentes. A consulta é permanente, toda vez que preciso esclarecer problemas comezinhos, relativos às categorias fundamentais do pensamento marxiano. Além disso, Konder não tinha vergonha de escrever bem. Afinal, era um divulgador.
SRN
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