"Charb
verdadeiramente viveu — e morreu — pela liberdade de expressão. É justo
tratá-lo como um mártir da liberdade de expressão, e reverenciá-lo enquanto
existir alguma coisa parecida com jornalismo.
Os
caricaturistas mortos não espezinharam minorias impotentes. O problema deles
era com algo – o fundamentalismo islâmico – que os impedia de se expressar no
mesmo tom que usaram tantas vezes para debochar de outras religiões.
Compare
com a versão do humor “politicamente incorreto” de Danilo Gentili. Gentili é
capaz de chamar uma mulata de “Zé Pequeno”, e de oferecer bananas a um
internauta negro cansado de suas piadas racistas.
Ele
provoca e estimula o que existe de pior no seu público, e não surpreende que
seja seguido por pessoas como ele – preconceituosas, analfabetas políticas,
estúpidas.
A
coragem do humor “politicamente incorreto” de Gentili seria testada na França,
desafiando coisas como o fundamentalismo islâmico, a exemplo do que fizeram
Charb e companheiros.
Alguém
consegue imaginá-lo neste papel?
Nem
ele mesmo provavelmente, porque a essência de seu “humor” é a covardia. Chute
quem não tem chance de devolver."
Paulo Nogueira
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-diferenca-entre-o-politicamente-incorreto-do-charlie-hebdo-e-o-politicamente-incorreto-de-gentili-e-derivados/
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