quinta-feira, 30 de abril de 2015
quarta-feira, 29 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
Mészáros
"Não pode haver algo como “inevitabilidade histórica” em direção ao futuro. História é um destino aberto para o bem ou para o mal. Ressaltar a necessidade do “fenecimento” do Estado foi, em primeiro lugar, um meio de contestar a ilusão anarquista de que a “derrubada do Estado” pode resolver os problemas em disputa. O Estado em si não pode ser “derrubado”, tendo em vista o seu profundo entranhamento no metabolismo social. As relações capitalistas de propriedade privada de determinado Estado podem ser derrubadas, mas isso por si só não é uma solução. Tudo que pode ser derrubado pode também ser restaurado, e tem sido assim, como o destino da “Perestroika” de Gorbachev demonstrou amplamente. Capital, trabalho e o Estado estão profundamente interligados no todo orgânico do metabolismo social historicamente constituído. Nenhum deles pode ser derrubado sozinho, nem ser “reconstituído” separadamente."
quinta-feira, 23 de abril de 2015
domingo, 19 de abril de 2015
Quem Será o Lacerda de São Januário hoje?
A vitória hoje do vasco ilustra à perfeição o moralismo de fancaria em que vivemos. À parte as bobagens de associar à globo uma paixão nacional de mais de 40 milhões, construída historicamente, o penalti inventado agora há pouco serve pra mostrar o grau de farisaísmo que atacou o título Rubro-Negro no ano passado, num gol de impedimento (este sim, difícil de marcar pela rapidez do lance).
O barulho dos morteiros, a alegria reprimida pelo complexo de rotina constituem força muito maior do que lembrar de qualquer achaque de udenismo da bola.
Uma dúvida: quem será o Lacerda de São Januário hoje?
SRN
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Grande Jaime de volta
Seja bem-vindo, de volta, Grande Jaime. Você e Luxemburgo, cujo trabalho, aliás, tem sido impecável.
SRN
SRN
quarta-feira, 15 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
Chega de Terceirização em Qualquer Nível
Ricardo Antunes, sociólogo da Unicamp, é um dos melhores estudiosos do mundo do trabalho. Nesta entrevista ao "Portal Forum", fala sobre o ataque coordenado aos fundamentos dos direitos trabalhistas como consequência da pauta pública ocupada hoje pelo discurso de direita.
Felizmente, o fiasco do último domingo.
Agora não há mais desculpa pra Presidente não recuar das MPs do fim do ano e não jogar todo seu governo num esforço de proteção ao trabalho. Está na hora de sair da defensiva. Movimentos sociais, sindicatos, estudantes, professores, redes sociais, devemos todos não apenas exigir o veto ao PL 4330, mas ir adiante: exigir o fim da própria terceirização que precariza o trabalho em qualquer nível.
SRN
segunda-feira, 13 de abril de 2015
As veias da América Latina estarão sempre abertas a sua Memória
Morreu Eduardo Galeano. Além do clássico, libelo anti-colonial, bibliografia de referência em qualquer curso de Ciências Humanas, "As Veias Abertas da América Latina", Galeano tinha um lado pouco conhecido,mas com a mesma combatividade crítica e elegante: era um apaixonado por futebol e seu livro 'Futebol ao Sol a à Sombra" em que traça pequenos perfis de grandes craques da história do futebol é outro libelo contra a mercadorização do mundo da bola sob controle da Fifa.
SRN, Grande Galeano
sábado, 11 de abril de 2015
A Coerência de FHC
FHC
continua absolutamente coerente. Sua presidência não foi de surpreender, pois
sempre acreditou na conciliação sob tutela conservadora. E, a despeito do bom
estudo, no início dos anos 60, sobre a situação da população negra no sul do
país, parece que não concluiu como seu mestre, Florestan Fernandes, que, em “A
Situação do Negro na Sociedade de Classes”, disse que se errasse,
intelectualmente, a favor de tal população, não veria nenhum mal, tantas as
injustiças, muito mais deletérias, contra ela cometidas na história brasileira.
Agora, em palestra pra empresários, em São Paulo, critica o bolsa família por transferir
renda:
“Não foi um modelo de incentivo ao trabalho, de
engajamento e de criação de novos campos de prosperidade. A transferência de
renda é necessária como estímulo, mas não como resultado final. Se mantiver no
Brasil a tendência vai criar uma camada de funcionários públicos que não são
funcionários públicos, mas que dependem do Tesouro — afirmou — Uma camada
dependente, que é crescente, que se veste, come, está melhor alimentada, mas
não é isso que se deseja numa sociedade moderna e dinâmica.”
Entretanto, acerta quando critica a Presidente
por ter perdido o comando do país, referindo-se à presença de Levy na Fazenda,
“fechando o cofre”, e a política agora nas mãos de Temer pra dar um ultimato
nos achacadores do PMDB.
Esta é a prova maior de que não adianta nada a
Presidente buscar “governabilidade’ agradando à direita, cuja investida, por se
sentir fortalecida na pauta pública, mostra que, sempre que encontra o campo
livre, não tem limites na sua capacidade reacionária.
O PL 4330, aliás, recebeu muita inspiração das
MPs de ataque ao mundo do trabalho, - restringindo o acesso ao seguro
desemprego, diminuindo seu benefício etc -, que a Presidente lançou no final do
ano passado. Não lhe resta senão vetá-lo, jogando todo o peso do seu governo pra que não passe de
um infeliz registro do pior Congresso de nossa história.
SRN
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/fh-diz-que-dilma-perdeu-capacidade-de-lideranca-entregou-governo-15840964#ixzz3X2fbAjyF
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
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quarta-feira, 8 de abril de 2015
Salvem a Luta de Classes
Benjamin Steinbruch, da Fiesp, tem um argumento lapidar para defender o PL4330:
"Nos EUA, o trabalhador almoça com um sanduíche numa mão e, com a outra, opera a máquina."
Também no século XIX um dos grandes problemas era a construção do Estado-Nação, processo no qual também estava inscrita a Guerra Civil norte-americana de meados do mesmo século.
SRN
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Bandeira de Mello pode ser a Bandeira da Nação Livre
O
futebol é uma patente internacional e seu proprietário, a Fifa, dispõe do
direito de reconhecer quem pode e quem não pode praticá-lo, assim como sua
estrutura, em organizações como a UEFA, CBF, federações etc.
Impressiona
como nada é tão soberano quanto a Fifa. Aqui já tentamos, através do Congresso
nacional, a célebre “CPI da Nike”. Era um esforço de submeter à soberania
nacional o que cabe a toda prática, atividade ou forma de organização dentro do
território sob controle do Estado Brasileiro. Ficou parecida com o Tita,
obsecado pelo lugar do Zico, sempre procurando jogar pra arquibancada quando o
Galo, muito raramente, não jogava.
Como
Rubro-Negro, vejo com bons olhos a atitude de Bandeira de Mello de não querer
mais submeter o Flamengo às injunções da federação carioca. Somos uma Nação de
40 milhões apaixonados pelo Manto Sagrado. Somos uma espécie de China, cujo
mercado interno, se desenvolvido, dispensa o resto. A força Rubro-Negra poderia
ser melhor aproveitada para além do capital. Evidente, sou um torcedor meio
idiota. Minha preocupação prende-se ao Mito Fundador que testemunhei:
Raul,
Leandro, Marinho, Mozer e Júnior;
Andrade,
Adílio e Zico;
Tita,
Nunes e Lico.
A
lembrança do Milionários da Colômbia, para a Fifa, permanece como a Revolução do Haiti, para o eurocentrismo colonial. Até no silêncio
que se seguiu. Porém, as condições hoje são completamente diferentes. O próprio
futebol colombiano, que, à época, primeira metade da década de 50 do século
passado, experimentou a ousadia de uma “liga pirata’, a División Mayor (Dimayor),
contra a Adefútbol. A Dimayor era como se reunisse Flamengo,
Corínthias, Internacional, Cruzeiro etc contra o Arapiraca, Princesa do Solimões
e por aí vai. E o Milionários, aproveitando então a crise do futebol argentino
que contava com jogadores que decidiram ser sujeitos da história da bola, contratou
ninguém mais ninguém menos do que Di Stefano. Além de Pedernera.
Temos
hoje na América do Sul condições objetivas de ser mais do que meras fontes de
craques pro mercado internacional da bola. Sou meio idiota justo por isso, por
não pregar nenhuma revolução no mundo da bola, mas apenas um mercado com as
especificidades do capitalismo que temos na região. Ou não seria economicamente
forte um Mercosul da Bola?
Certo,
há a Copa do Mundo, os contratos astronômicos tributários ao monopólio da Fifa sobre
o futebol. Também os latino-americanos não poderíamos mais jogar com os clubes
europeus nem disputar mais nada que fosse organizado pela Fifa. Mas, e daí?
Aliás, já está mais do que na hora de meter a pá de cal nessa Copa de Blatter, Marin
e vírus anexos.
SRN
Golpe de 64 era o padrão norte-americano pra América Latina
Conforme
Fico, o golpe de 64 se inscrevia no padrão norte-americano do golpismo para a América Latina: a
extirpação de um governo hostil, em substituição a ele um títere. Mas, não
havia apenas Castelo Branco. Do “Plano de Contingência”, fazia parte, como de
hábito, a banda cúmplice, papel que coube a Magalhães Pinto, governador de
Minas, reformando seu secretariado, às vésperas do golpe, e nomeando figuras
nacionais que lhe conferiam um caráter de Ministério federal. Se houvesse
resistência, os golpistas receberiam apoio imediato – político, logístico,
militar – dos EUA, que dividiriam, provavelmente o país, com o Brasil de Magalhães
Pinto como chefe do governo reconhecido por Washington.
Ainda
segundo Fico, Afonso Arinos, um dos convidados por Magalhães Pinto, num prurido
de consciência tardia, procurou San Thiago Dantas, Ministro de Jango, avisando
do plano. De posse dessa informação, pesando o desequilíbrio de forças, Jango decide
não resistir, embora dispusesse de apoio militar.
Para
outros historiadores, como Nelson Werneck Sodré, já falecido, também ex-militar
nacionalista, os golpistas surpreenderam-se com a ausência de resistência, e
explicava que o que a impediu foi a derrota política das forças populares – o que
aponta a importância do confronto ideológico, da disputa no campo das
representações: símbolos, imagens, valores. Daí, abstraído o contexto
completamente distinto, não há nenhuma
ingenuidade, tanto ontem, quanto hoje, em manchetes como a que o Globo publicou,
em sua edição de 16 de março, acerca do circo de horrores ocorrido na véspera: “Democracia tem novo 15 de março”.
SRN
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