Por Máximo
SRN
domingo, 11 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Cidade de Lata
Do sítio www.historiadoesporte.wordpress.com
Por Rafael Fortes
Dura menos de meia hora. 29 minutos e 47 segundos, para ser preciso. Traduzo o título por “Cidade de Lata” e o subtítulo, “O custo irresponsável da Copa do Mundo de 2010″. Tudo que está entre aspas neste texto foi retirado do filme e traduzido por mim.
O roteiro e o conteúdo revelam o que relativamente poucos sabem (e, destes, menos ainda estão dispostos a discutir, divulgar e tentar mudar).
Por exemplo, a repressão a trabalhadores informais de feiras livres sob a alegação de que as ruas precisam ser transformadas em espaços “amigáveis para o turista”. Ou seja, o espaço da rua e da cidade não são para quem vive nela. A preocupação da Prefeitura não é com os cidadãos/moradores – aqueles que a elegeram. A prioridade é a imagem. Você, leitor(a), conhece alguma cidade com dirigentes assim?
Ou a remoção (melhor seria dizer expulsão) de 10 mil pessoas para a cidade de lata, a 35km da Cidade do Cabo, onde viviam. Ao ver as primeiras imagens, pensei: parece um campo de concentração. Pouco depois, um entrevistado diz, acabando com qualquer dúvida: “isto é um campo de concentração”. Vemos a casa de lata de oito metros quadrados em que vive o personagem central. Vemos o banheiro de uso coletivo sem água. Um deles é uma cabine de cerca de um metro quadrado. No meio, um balde – isso mesmo, usa-se um balde para fazer as necessidades.
Ou o seguinte comentário: “saímos de uma opressão para ser oprimidos de novo? Isso não é justo.” Velhas e novas formas de segregação na terra que introduziu o termo apartheid no vocabulário global.
Ou as condições “opressoras” de trabalho e a “exploração” a que foram submetidos os operários das obras do Mundial, como baixos salários e contratos temporários.
domingo, 4 de dezembro de 2011
84: Candelária, Diretas Já
Por Máximo
Enquanto a bola cada vez mais reacionária, aporrinhante, até no fim Sócrates expressa a crítica.
Valeu, Monstro Sagrado.
SRN
Enquanto a bola cada vez mais reacionária, aporrinhante, até no fim Sócrates expressa a crítica.
Valeu, Monstro Sagrado.
SRN
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
"Morna"
Por Máximo
O sotaque lusitano na boca de uma negra linda cantando "Morna":
"Se m'sabia
M'k tava ama
Ess morna"
A televisão vira uma moldura, audiovisual que se justifica em pintura, ou pintura que encontra a forma justa do movimento. As veias abertas pelo Atlântico ligando Vila isabel a Lisboa, passando Açores, passando Cabo verde, Lambendo a África.
"Se m'sabia
M'k tava ama
Ess morna"
A televisão vira uma moldura, audiovisual que se justifica em pintura, ou pintura que encontra a forma justa do movimento. As veias abertas pelo Atlântico ligando Vila isabel a Lisboa, passando Açores, passando Cabo verde, Lambendo a África.
"Morna" se dilui, devagar, em vermelho, mais vermelho, praticamente Rubro-Negro agora o sucede "Homenagem à Amália Rodrigues", cujo atavismo está antes da memória, marca do útero úbere da mãe, da avó, na travessia emigrante do Atlântico. A mulher que tanto fascina - a quem o mundo um dia será só seu - não fala feminina na voz sentimental, cantilena de uma fadista. O que dá pra ouvir é o português cuja fala, analfabeta, ainda estaria muito longe de virar brasileiro, como diria Noel Rosa.
A Revolução dos Cravos, imagens de arquivo:
"Todos nós herdamos, lusitanos, seus filhos, uma boa dose de lirismo, além da sífilis, é claro".
Chico Buarque agora canta a linda mulata num fado para avisar, irônico, que "esta terra ainda irá cumprir o seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso Portugal".
SRN
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