http://youtu.be/hG6oy46qKE4
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Tudo Vice
O Vasco assumiu, como era de se esperar, a vice liderança da segunda divisão do Brasileiro. Café Filho, vice de Vargas, também era outro com vocação irresistível à segunda divisão. E o que era pior, golpista. A fonte abaixo é do CPDOC da FGV.
SRN
"Quando Vargas foi reeleito em outubro de 1950, Café Filho obteve a vice-presidência. Além disso, também foi reeleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Em 22 de agosto de 1954 um grupo de oficiais da Aeronáutica liderados pelo brigadeiro Eduardo Gomes, lançou um manifesto, assinado também por oficiais do Exército, exigindo a renúncia do presidente que, mesmo assim, manteve sua posição de permanecer no cargo. No dia seguinte Café Filho discursou no Senado comunicando a negativa de Vargas em aceitar a renúncia conjunta, e seu pronunciamento foi considerado um rompimento público com o presidente.
A situação se agravou com a divulgação, no dia 23, de um manifesto assinado por 27 generais exigindo a renúncia de Vargas. Na madrugada seguinte, Café deixou clara sua disposição de assumir a presidência, ao mesmo tempo que Vargas comunicava a seu ministério a decisão de licenciar-se. Procurado por jornalistas e líderes políticos, Café mostrou-se disposto a organizar um governo de coalizão nacional caso o presidente se afastasse em caráter definitivo. Nas primeiras horas do dia 24, depois de receber um ultimato dos militares para que renunciasse, Vargas suicidou-se. A grande mobilização popular então ocorrida desarmou a ofensiva golpista e inviabilizou a intervenção militar direta no governo, garantindo a posse de Café Filho no mesmo dia.
Procurando diminuir o impacto produzido pela divulgação da Carta Testamento de Vargas, Café Filho emitiu logo sua primeira nota oficial, afirmando seu compromisso com a proteção dos humildes, "preocupação máxima do presidente Getúlio Vargas".
No início de 1955 recebeu do ministro da Marinha um documento sigiloso assinado pelos ministros militares e por destacados oficiais das três armas, defendendo que a sucessão presidencial fosse tratada "em um nível de colaboração interpartidária" que resultasse em um candidato único, civil e apoiado pelas forças armadas. Tratava-se, indiretamente, de uma crítica à candidatura de Juscelino Kubitschek. O presidente apoiou o teor do documento e, diante dos comentários da imprensa sobre sua existência, obteve a aprovação dos signatários para divulgá-lo na íntegra pelo programa veiculado em cadeia radiofônica nacional A Voz do Brasil. Apesar dessa demonstração da oposição militar à sua candidatura, Kubitschek prosseguiu em campanha e seu nome foi homologado pela convenção nacional do Partido Social Democrático (PSD) em 10 de fevereiro."
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Os Ossos do Armário do Morto-Vivo Bolsonaro e as "Políticas de Desmemória"
A votação do morto-vivo Bolsonaro propiciará a franqueza do debate que a transição política de mais de 30 anos impediu ao produzir a "política de desmemória". Quando o morto-vivo atua em seu "Thriller", sai em busca das vítimas para satanizá-las: "quem era direito não foi incomodado pelos militares". É aí que a caricatura cabocla Moonwalker tropeça nas próprias pernas, na verdade, as abre para que se introduza o que importa:
As "medidas de memória" (concretas: indenizações; simbólicas:monumentos, memoriais, eventos), embora importantes, acabam por esgotar-se na vítima, na reparação do que sofreu e na punição dos que a fizeram sofrer. Esquece-se da política de terror que propiciou tanto um, como os outros, e a respeito de cuja responsabilidade deve-se localizar no Estado. Por que em determinado contexto histórico o Estado perseguiu, torturou, baniu, matou?
"Dessa forma, há outro processo de omissão em relação às responsabilidades políticas e sociais de reparação destinadas ao conjunto da cidadania." (BAUER,2014,p.156) Fonte: "Quanta Verdade o Brasil Suportará? Uma Análise das Políticas de Memória e de Reparação implementadas no Brasil em Relação à Ditadura Civil-Militar" / Caroline Silveira Bauer, Doutora em História pela Universidade Federal do Rio grande do Sul e pela Universitat de Barcelona. Professora de história contemporânea na Universidade Federal de Pelotas.
SRN
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Beatriz Sarlo Não Usa Maquiagem
A pós-modernidade, segundo Beatriz Sarlo, em "Tempo Passado: cultura da memória e guinada subjetiva", é uma "operação de apagamento' do passado, impondo-se a ditadura do presente sobre os demais tempos, passado e futuro. Mas, uma das ironias deste presente perpétuo é que, muitas vezes, o passado nele pega carona, conservando-se vivo, com todo potencial de conflito. Certo, Bolsonaro é o discurso revisionista favorável à ditadura, mas, ao mesmo tempo, a possibilidade de retomada crítica do que representa o próprio morto-vivo Bolsonaro. A herança da ditadura com suas implicações incômodas, como a cumplicidade da sociedade brasileira, poderá ser feita agora de cara limpa, sem vergonha de assumir posições.
SRN
SRN
Bolsonaro e o Novo Uso do Caixote da Feira
Em "Ditadura, Anistia e Reconciliação", Daniel Aarão Reis, historiador e professor da UFF, procura levantar algumas questões, nos termos conflituosos entre História e Memória, sobre a revisão da Lei de Anistia. Uma delas a de que a população brasileira nela, na revisão, não está nem um pouco interessada. Este é um texto de leitura muito útil. Afinal, a julgar pelos últimos dados divulgados, Bolsonaro parece despontar como o deputado federal mais votado no Rio. Pezão, Crivela, Garotinho, Malafaias, Jesus de cabo eleitoral, agora a ditadura absolvida (o que comprova a sua condição de produto social, com amplo apoio, e não o deslocamento de sentido de que a sociedade havia sido apenas vítima, resistente), a lei do cão como legítima política de Estado. Mais do que nunca, a necessidade do espaço público, por todos os meios, redes sociais, engradados de cerveja, latões de tinta, caixotes de feira - qualquer tribuna serve na luta contra essa recidiva obscurantista que nos assola. E o que é mais triste, justo no Rio.
SRN
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Voo Livre
Luxemburgo está voando, recuperando-se de suas desastradas temporadas recentes. Já havia feito uma grande demonstração no jogo contra o São Paulo, em que organizou o jogo pelo lado esquerdo através do Everton, que, aliás, voltou outro, amadurecido. Caminho espero parecido caberá ao Gabriel, ainda muito moleque vindo da Bahia. Ontem, Luxemburgo voltou pro segundo tempo, compreendendo bem o adversário, disposto a liquidar o jogo, abafando a saída de bola e abrindo o Gabriel. A bola veio limpa e livre pro moleque, com habilidade, bater na rede, junto à trave.
SRN
Assinar:
Postagens (Atom)