terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os Ossos do Armário do Morto-Vivo Bolsonaro e as "Políticas de Desmemória"

A votação do morto-vivo Bolsonaro propiciará a franqueza do debate que a transição política de mais de 30 anos impediu ao produzir a "política de desmemória". Quando o morto-vivo atua em seu "Thriller", sai em busca das vítimas para satanizá-las: "quem era direito não foi incomodado pelos militares". É aí que a caricatura cabocla Moonwalker tropeça nas próprias pernas, na verdade, as abre para que se introduza o que importa: 

As "medidas de memória" (concretas: indenizações; simbólicas:monumentos, memoriais, eventos), embora importantes, acabam por esgotar-se na vítima, na reparação do que sofreu e na punição dos que a fizeram sofrer. Esquece-se da política de terror que propiciou tanto um, como os outros, e a respeito de cuja responsabilidade deve-se localizar no Estado. Por que em determinado contexto histórico o Estado perseguiu, torturou, baniu, matou? 

"Dessa forma, há outro processo de omissão em relação às responsabilidades políticas e sociais de reparação destinadas ao conjunto da cidadania." (BAUER,2014,p.156) Fonte: "Quanta Verdade o Brasil Suportará? Uma Análise das Políticas de Memória e de Reparação implementadas no Brasil em Relação à Ditadura Civil-Militar" / Caroline Silveira Bauer, Doutora em História pela Universidade Federal do Rio grande do Sul e pela Universitat de Barcelona. Professora de história contemporânea na Universidade Federal de Pelotas. 

SRN


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