segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Beatriz Sarlo Não Usa Maquiagem

A pós-modernidade, segundo Beatriz Sarlo, em "Tempo Passado: cultura da memória e guinada subjetiva", é uma "operação de apagamento' do passado, impondo-se a ditadura do presente sobre os demais tempos, passado e futuro. Mas, uma das ironias deste presente perpétuo é que, muitas vezes, o passado nele pega carona, conservando-se vivo, com todo potencial de conflito. Certo, Bolsonaro é o discurso revisionista favorável à ditadura, mas, ao mesmo tempo, a possibilidade de retomada crítica do que representa o próprio morto-vivo Bolsonaro. A herança da ditadura com suas implicações incômodas, como a cumplicidade da sociedade brasileira, poderá ser feita agora de cara limpa, sem vergonha de assumir posições.

SRN


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