quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Pena que foi tarde


Até a agência internacional de risco, Fernando & Armínio, reconhece a honradez da Presidente. E nem isso, que poderia fundamentar um argumento, é recurso, pois o moralismo é uma bandeira que já tem dono clássico, essa pauta reacionária, cada vez mais agressiva no espaço público (ou como é que se sustentaria esse tipo notório do Cunha?). A decisão do PT na Comissão de Ética só tem deste nome a arquibancada. Foi uma decisão cínica e oportunista, muito conveniente pra se livrar de qualquer compromisso com a Presidente, fornecendo, de quebra, o pretexto que faltava ao PMDB pra também abandoná-la . Dilma agora está por sua conta e risco, sem qualquer apoio no Congresso. Também não tem apoio popular pela opção econômica pela velha e surrada austeridade, que desemprega e compromete a proteção social. 

O pronunciamento que acabou de fazer, pela firmeza de com quase todas as letras descrever o notório Cunha, sem nenhuma condição ética de propor-lhe o impeachment, foi a melhor coisa que fez este ano. 

Pena que foi tarde.

SRN



Multi-Rio e o programa sobre o Grande Aldir Blanc

Muito simpáticos. A jornalista Fernanda Torres e o fotógrafo Alberto Jacob, aqui em casa, da Multi-Rio, agora há pouco, registrando as fotos do botequim do meu avô, nas décadas de 30 e 40, para a Vila Isabel dos primeiros passos do grande Aldir Blanc, que morou aqui ao lado da Gonzaga, na rua dos Artistas. "Rua dos Artistas e Arredores", aliás, foi o título de um dos livros que escreveu.
SRN

Danone Historiográfico


Conversando com meu amigo Ocimar, historiador de segunda, que, a muito custo, me autorizou divulgar o nosso papo: 

"Vê lá, Máximo, conforme o que publicar, depois não arrumo nem os trocados dessas espeluncas de tutoria em casa de aluno de colégio particular." 

Fica tranquilo, Ocimar. Acho que nenhum historiador de primeira divisão vai bloquear o seu ganhão-pão. Aliás, nem sequer lerão esta postagem. Por isso, acho que vale o que você me disse a propósito do debate em torno da sugestão do grupo de assessoria do MEC sobre o componente História. De fato, se examinado com "o rigor do controle historiográfico", muitos dos pressupostos teórico-metodológicos mobilizados estão em condições excelentes para uma boa aula de graduação: "o lugar de fala", de Certeau, "a crise dos paradigmas", "A Nova História" (já não tão nova assim de mais de 30 anos), o "eurocentrismo", o "nacionalismo de jabuticaba", que não se confunde, entretanto, com o esforço de uma teoria social e uma historiografia, nos termos de "O Povo Brasileiro", de Darcy Ribeiro, de uma perspectiva dialética daqui do sul. Ia me esquecendo, a relação entre Memória e História, a "guinada subjetiva, de Beatriz Sarlo, não esquece". Não esqueci, Ocimar.

"A pior coisa, Máximo, acredite, meu irmão, é a assepsia do suposto equilíbrio intelectual. Isso é danone historiográfico."

Desse jeito, Ocimar, você não arruma emprego nem na cartilha de História que o Eduardo Paes distribui no Rio.

SRN


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Romário Engodo

Na minha idade ainda é possível ter boa fé, mas, não dá mais, ainda que faça força, pra ser ingênuo. Não fui, apenas mal informado, sem ler as fontes adequadas, o que é um erro crasso de quem fez história. Paciência. É que o senador moralista só fez o que fez na copa do mundo porque não teve os seus interesses atendidos de ficar com o controle dos negócios do futebol feminino brasileiro, sobretudo em sua dimensão internacional, no mercado norte-americano, onde está o grande lucro. Ainda bem que, em matéria política, continuo com as minhas convicções e não cometi o erro de entregar a representação do meu Estado prum sujeito que nunca considerei mais do que um excelente centro-avante (embora tenha sido um engodo no meu Flamengo).

SRN


Além de tudo que já noticiou sobre um possível acordo entre o senador Romário e o prefeito carioca Eduardo Paes, até envolvendo suposta conta bancária do ex-craque na Suíça,  há mais.H...
BLOGDOJUCA.UOL.COM.BR|POR BLOG DO JUCA KFOURI