terça-feira, 31 de março de 2015

Com meus "Groucho Marx" e "Tomie Ohtake" no Salão de Humor de Cerquilho



Teatro Municipal de Cerquilho: CONFIRA OS SELECIONADOS PARA OS SALÕES DE CERQUIL...: O Departamento de Cultura de Cerquilho divulgou a Relação de selecionados para compor a exposição do 13º Salão de Humor e 16º Salão de Ar...

O golpe e a ditadura não são meras opiniões

Um dos grandes problemas da operação de apagamento pós-moderna, sobretudo em países como o Brasil, cujo passado traumático recente não recebeu o devido acerto entre História e Memória, é justamente o de confundir as coisas, como se tudo não passasse de mera opinião. 
É um mero ponto-de-vista, pois, adolescentes posarem ao lado de um torturador assassino, como um vovô de fim de semana, naquele circo de horrores do domingo 15, saudado pelo O Globo, como a "democracia tem novo 15 de março". 
Respeitar a divergência é outra falácia e que nada tem em concordar com a versão pós-moderna em que a história não passa de mais uma narrativa, dentre outras, uma espécie de modalidade literária. Nisso, Hobsbawn é decisivo, diz logo ao que veio em "Sobre História". Historiador não é ficcionista: 
"Defendo vigorosamente a opinião de que aquilo que os historiadores investigam é real. O ponto do qual os historiadores devem partir, por mais longe dele que possam chegar, é a distinção fundamental e,para eles, absolutamente central, entre fato comparável e ficção, entre DECLARAÇÕES HISTÓRICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS E SUJEITAS À EVIDENCIAÇÃO E AQUELAS QUE NÃO O SÃO." 
O golpe e a ditadura,portanto, não são meras opiniões.
SRN

quinta-feira, 26 de março de 2015

Exposição Lan 90 Anos

Na melhor tradição carioca: arte, humor, bar, praia.

SRN


Laborie do Lado esquerdo da Tribuna de Honra



A paixão é inerente à política. Para a disputa do convencimento, então, é um recurso de arquibancada. Porém, tanto a militância quanto o argumento têm de conviver num espaço público que não criminalize as divergências. É quando torna-se indispensável a defesa encarniçada de posições contra manifestações que nada têm de democráticas. O apelo ao autoritarismo que marca a nossa história não pode esconder-se atrás da liberdade de expressão para matá-la.

É evidente que este governo está refém. Mantê-lo sangrando interessa às diversas modalidades do capital, bem como ao Eduardo Cunha e Renan Calheiros, sempre com boas propostas de negócio. E quem defende a manutenção de um governo legitimamente eleito vive o pior dos mundos, pois é logo chamado de corrupto, de um lado, e, do outro, cúmplice da direita. 

A direita, aliás, perdeu a vergonha. A “memória do silêncio”, de que nos fala Laborie, é a interpretação do silêncio no passado de acordo com os interesses do presente. O silêncio pode ter sido cúmplice ou consentimento. É quando, em geral, assume a forma de conciliação, uma pedra no passado a fim de evitar constrangimentos. Mas, e agora, em que nem sequer mais é o caso, em que a “memória do silêncio” não precisa substituir, também de Laborie, o “silêncio da memória”, a “má consciência”, a vergonha pelo que se fez no passado?

Não seria a hora de revisar a Lei da Anistia?

SRN


quarta-feira, 25 de março de 2015

Homenagem aos 90 anos do Lan

O Madureira, na primeira metade dos anos sessenta, foi a Cuba e jogou bola com Che Guevara. Por isso, jogar numa espécie de Madureira do cartum agora só é motivo de honra, sobretudo quando se é convocado à Primeira Divisão por Cartunistas Históricos, entre os quais Carlos Amorim e Francisco Ferreth


E o convite é logo pra jogar no Maracanã (em letra maiúscula, não este, pasteurizado, arena de shopping de Blatter, Marin e vírus anexos). 



A exposição que se realizará no Martinez será dedicada aos 90 anos de um outro cartunista histórico, ninguém mais ninguém menos do que o Lan. 



Esta é a minha homenagem.



SRN