terça-feira, 16 de setembro de 2014

Pedagogia do Obscurantismo

Por Máximo




Muito mais importante do que carimbos de SPC é a representação de intolerância que encarnam Garotinho e Crivella. Garotinho nem sequer tem isso. Seja como for, ambos coonestam, através do que não dizem, mas do que suas campanhas significam, os ataques aos terreiros de Candomblé e Umbanda. Independente de tudo que já se sabe historicamente da importância do Estado laico, são também de uma ignorância estética pavorosa. 

Fiz este desenho (embora tendo de estragá-lo com a figura que a acompanha), a partir de uma escultura do Benin, para lembrar da inflexão que a escultura africana promove nas artes plásticas do Ocidente. Não fosse pela forma aberta, a anatomia própria, nada clássica - fatores que encantaram Picasso e revolucionaram sua arte - não teríamos o Cubismo. Uma criança evangélica - cada vez em maior número nas escolas - diante de uma foto de escultura africana já, desde logo, a rejeita: "é coisa do diabo.". Isso é Garotinho. Isso é Crivella.

SRN

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