terça-feira, 3 de novembro de 2015

Pra fazer arte, fazer arte basta

Wolfgang Laib, artista alemão consagrado, acaba de ganhar um dos maiores prêmios de arte, o “Prêmio Imperial do Japão”. Laib trabalha com materiais orgânicos; pólen, arroz, leite. Pra fazer arte, fazer arte basta. A tentação de deixar suspenso o enigma já conta com a ajuda da frase praticamente dobrada. Não quer dizer nada. Como a arte do leite que dilui os limites do mármore. Onde acaba o mármore e começa o leite? Por que perguntar, piorando ainda esperar resposta, se a arte não é mais obra, não é mais gesto, não é mais desempenho? Aliás, pra que prêmio, que limita e exclui a arte total? Arte discurso, bastando dizer a respeito?


SRN


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