terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Museu do Negro


Meu amigo Bruno Alves Fernandes, historiador do Museu do Negro, me manda as fotos dos meus desenhos, baixo-relevo e tela expostos naquele Museu, localizado na Igreja da Irmandade da Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. É a Igreja Popular, apropriada pelo povo, ali na Uruguaiana, conhecida como a "Igreja da Escrava Anastácia". Meus "João Cândido", "Mandela", "Barbosa", "Nelson Sargento", "Martin Luther King": uma honra pra este desenhista professor de História. Lembrei-me, de imediato, da definição de Le Goff a respeito da fonte como "monumento/documento": a síntese de duas práticas distintas de registro da experiência. Enquanto o documento possui um caráter de prova objetiva, de verificação e controle, o monumento diz respeito à memória, evocação do passado e recordação permanente. Meus desenhos, baixo-relevo e tela, ao menos, por estarem no Museu, servem à rememoração coletiva contra essa pauta reacionária que perdeu os escrúpulos e insiste em avançar sobre o espaço público.

SRN





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