Com
a Quarta Revolução Industrial, a da microinformática, intensifica-se o atual
regime de historicidade definido por Hartog como presentismo, cujo marco
localiza em 89, com a queda do muro. Segundo Hartog, tal Revolução só o reforça
(“o tempo real do mercado é presentista, da ordem do microssegundo, como
contínuo”), ampliadas as modalidades de mídia (TV fechada, internet, telefonia
móvel), a cultura elevada a um grande objeto de consumo, volátil – é certo –
pela própria dinâmica dessas novas condições midiáticas. E a História, como
disciplina, se constitui numa grande fornecedora: modas “retrô”, memória de
consumo.
Como
fica, então, neste regime de historicidade em que o presente é a categoria
dominante, o esforço por diluir o marxismo na descaracterização do sujeito
histórico, da classe como móvel revolucionário? Tal diluição não perdeu força
com a crise de 2008? Não vale retornar ao “pensamento marxiano”, à leitura
direta do que Marx e Engels escreveram?
SRN