Há uma relação
fundamental entre a BNCC de História e o problema da disciplina escolar e
disciplina acadêmica proposto no texto da Professora Circe Bittencourt, “Ensino
de História: fundamentos e métodos”, bibliografia do curso de Especialização em
Ensino de História do Pedro II.
Há uma forte crítica
que circula que procura expor-lhe o caráter produtivista e de controle. Ao
professor de História do ensino básico caberia apenas desenvolver o melhor meio
de adequar conteúdos produzidos em outros lugares ao ambiente escolar. Isso diz
respeito direto ao antagonismo do texto de Circe que é justo a disciplina escolar
como “transposição didática” (Yves Chevallard), em que o professor de História
é mero transmissor de conteúdo, uma espécie de aedes aegypti da temporalidade
histórica, e a disciplina escolar como entidade específica, inscrita na cultura
escolar, na qual a seleção dos conteúdos escolares não decorre dos objetivos
das ciências de referência, ou seja, o que é produzido na academia não tem
caráter compulsório; exige crítica, é enriquecido, modificado, podendo mesmo
ser recusado. Trata-se do “professor autor” e da “aula como texto” do professor
Ilmar Rohloff, igualmente bibliografia do referido concurso.
SRN
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