quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Vila não é a basf

Por Máximo





Meio século de Vila isabel talvez não seja suficiente. Mas, a memória do bairro, por fato social, afirma a crítica e o humor, desde o início do século passado. Se há um bairro em que panegírico não se cria é Vila Isabel. Aqui, dificilmente, se tem um Pedro Bial deslumbrando-se com a vida de um Roberto Marinho. Ao contrário, o que temos é o João Máximo escrevendo justo sobre Noel, na linha exata do anti-panegírico, para o anti-panegírico, por excelência. 


Compreensível a obrigação de Martinho, a colaboração no samba campeão, o que não deve ter sido o melhor dos mundos (como ficou claro vendo-o desfilar sem tanto entusiasmo), ao menos não à região do mundo que Martinho sempre articula e de que nos deu o grande exemplo no enredo do ano passado sobre Angola, este sim um GRANDE ENREDO, em caixa alta. 

A vantagem é que a Vila rejeita a cilada ideológica, pela qual a basf procura apresentar como uma unidade aquilo que é permeado e que só tem sentido na explicitação das contradições. A agricultura agrotóxica da basf não é a mesma da agricultura familiar, tampouco se confunde com a situação do trabalhador do campo. 

SRN

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