quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O Argentino da Rua da Alfândega

Por Máximo



A história da Jules Rimet também conta com material de primeira. Foi roubada duas vezes:

A primeira em 1966, na Inglaterra, às vésperas da Copa. Achada pelo cachorro, havia sido jogada no quintal dele embrulhada em jornal. Um episódio corriqueiro, pueril, bastante conveniente ao que ainda não passava de objeto.

A segunda, já tricampeã, definitiva, em 1983, derretida pelo argentino que comprava ouro na rua da Alfândega, a própria rua da então sede da CBF. O argentino conhecia a força do símbolo, inventava uma história de grandeza à altura do sagrado: não havia derretido a Jules Rimet, como se faz a qualquer coisa. O roubo fazia parte de uma operação internacional para atender a um colecionador milionário e italiano. Tinha de ser da Itália, bicampeã recente, que nos havia derrotado no ano anterior, naquele 3x2 sobre a melhor seleção que tivemos, sob a direção de arte de Telê.

Pompa e Circunstância.

SRN

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