segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sem Humor

Por Máximo






Não há humor possível diante do recidiva da violência na arquibancada. Há muito desaparecida, retorna com uma força que exige reflexão e contenção. Vendo as imagens do que ocorreu em Joinville, impossível dar prioridade à gozação sem embargo da ideia de que não existe humor a favor. Já fiz as charges que tinha de fazer como Rubro-Negro e não cabe fazer uma espécie de CQC que só reforça a lógica hegemônica por antagonismos irracionais. Somos todos cariocas, Rubro-Negros, tricolores, vascaínos, botafoguenses. Saudade também do América, único segundo time possível a um Rubro-Negro. O futebol mexe com forças profundas. 

Quando li a introdução de Benedict Anderson, em "Comunidades Imaginadas", comparando o nacionalismo não à ideologia, mas a um sistema religioso, fiz a ilação imediata com o futebol. E aqui no Rio, de resto, não cabe mais nenhum cenotáfio que não seja o monumento do Aterro.


SRN

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