domingo, 1 de junho de 2014

Marinho "Bruxa"

Por Máximo




Marinho "Bruxa", que acaba de morrer, não devia nada ao grande Júnior, cujo desenho que fiz segue acima como homenagem àquele. Rubro-Negro de uma geração em que detestávamos o Botafogo pelos tais 6 x 0, de 72, só devolvidos em 81, era forçoso reconhecer o talento do potiguar que assombrava na lateral-esquerda. 

Melhor lateral-esquerdo da copa da Alemanha, a da revolucionária Holanda, a despeito da banalização da palavra, mas que, de fato, se aplica à perfeição ao "Carrossel Holandês", à "Laranja Mecânica", de Cruyff, Neskens, Resenbrink, uma seleção que inventou o impedimento como recurso tático, numa movimentação completa de toque de bola, deslocamento e habilidade, pois os caras sabiam jogar, eram craques. 

O Botafogo não ganhava nada, 22 anos sem título, mas o pior era a decadência, a ida pra Marechal Hermes, uma sucessão de times ridículos (Cremilson, Puruca e Tiquinho já foi o ataque do Botafogo) até o título de 89. Além dos 6 x 0, o Botafogo vivia da marcação do volante Ademir, considerado o melhor marcador do Zico. Mas, na lateral-esquerda tinha excelência, Marinho foi grande, do tamanho do Junior, os dois maiores laterais que vi jogar.

SRN

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