segunda-feira, 6 de maio de 2013

Garibaldo da TV Tupi por Andreas Huyssen

Por Máximo



A cultura do espetáculo, saturada de comunicação, produz o que Andreas Huyssen chama de excesso de memória ("excesso de memória nessa cultura saturada de mídia"). Uma situação que leva a um esforço por memória total, ao mesmo tempo em que eleva o nível do medo do esquecimento. Memórias específicas, fragmentadas, que abordagens clássicas, como a "memória coletiva" de Maurice Halbwachs, segundo Huyssen, não fazem mais sentido. Inútil a "memória consensual coletiva", como a "coesão social e cultural pode ser garantida sem ela"?

Huyssen responde a própria pergunta afirmando que a "memória pública midiatizada" não será suficiente, haja vista ser descartável, com eventos tão mais espetaculares quanto voláteis, feitos para serem moídos e substituídos. 

A memória hoje é um artefato cultural inscrito nas relações de poder e "ligado à mercadorização e à espetacularização em filmes, museus, docudramas, sítios na internet, livros de fotografia, histórias em quadrinhos, ficção, até contos de fadas ( La vita é bella, de Benigni) e músíca popular."

Huyssen, quando voltar ao texto, incluirá certamente na enumeração a copa do blatter, marin e vírus anexos. 

Diante de tudo isso, Tom Zé, da "copa de todo mundo", no Roda Viva, parece o Garibaldo da TV Tupi. 

Será que deve ser levado a sério como Lobão?

SRN

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