Por Máximo
Em "Mundos do Trabalho", em que analisa a historiografia operária, Hobsbawm fala da tentação da história contrafactual: "se minha avó tivesse rodas seria um ônibus". Pensei nisso, agora há pouco, enquanto esperava o 438 na Teodoro, rua onde morou Noel. É que, para Hobsbawm, história é o que aconteceu e não o que poderia ter sido.
E a especulação?
Hobsbawm escreve que "não há duvida de que continuamos a formular questões, mas, quando o fazemos, deveremos estar plena e lucidamente conscientes do que fazemos, por que fazemos e o que esperamos obter ao fazê-lo".
Anti-panegírico, o que Noel diria se visse a pracinha Niterói destruída, parte da Manoel de Abreu fechada pra obra de um maracanã que nem sequer conheceu, e o que é pior, pausterizado, de um arrivismo de celebridade?
SRN
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