sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Valioso Sítio Arqueológico descoberto no Paraguai do Leste

Por Máximo




Ocimar é um historiador que começou cedo. Frequentava livros didáticos, gostava de ler biografias, além de comprar tudo o que saía sobre Getúlio e Brizola. Monoglota, este o seu problema, pois também gostava de Che, Fidel e Mariátegui, mas só admitia lê-los no original. Entretanto, o que nunca antes houve na história deste país é que Ocimar, um historiador nato, possuía um livro puído, já completamente amarelo, dos discursos parlamentares de Carlos Lacerda que havia lhe dado o tio, membro da UDN e comerciante da Tijuca, provavelmente membro também da mesma agremiação tradicional e de bons costumes que hoje mudou de nome e que, talvez, o meu grande amigo Guaraci De Castro Neves Castro Neves, o único católico da vida real que conheço (para parafrasear o irmão do grande Rubro-negro, Mário Filho, o verdadeiro Maracanã), já tenha ouvido falar, mas cujo nome não me ocorre agora. Ocimar é um homem de muitos pruridos a um ponto, até o ponto de se sentir bastante sensível aos problemas de fronteira há muito resolvidos pelo Barão do Rio Branco. Agora mesmo pediu-me que o ajudasse na pesquisa dos nossos vizinhos do Paraguai do Leste, nossos irmãos paulistas, empenhados em perscrutar as fontes históricas dos seus conterrâneos do interior que escreviam uma língua morta, agora rediviva, em restos de sobrevivência no sítio arqueológico compreendido entre o trecho limitado à direita pelo caipirismo da Placar e à extrema-direita, com problemas de altitude onde é difícil pensar sem correr o risco de sangramento mental, da Veja. Poderia ajudar não fosse o problema efetivo da língua: como atravessar porrrrrtas e bloqueios idiomáticos, na busca de confirmação das fontes que comprovam que o clube mais popular da fazenda local havia sido também o mais valioso de todas as Américas?

SRN

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