Por Máximo
Cortesia e inteligência sempre acompanharam as referências áulicas a Parreira. Ontem, o que se viu foi que têm tanta consistência quanto a declaração da marca Neymar e da "dor" do futuro candidato ao senado pelo PMDB do Maranhão, David Luis, "ao tão sofrido povo brasileiro". Seguinte:
Elogia o planejamento a longo prazo do futebol alemão, como se não fizesse parte da cúpula do futebol brasileiro há mais de 40 anos. Lembra-me Roberto Campos que culpava a esquerda pelos males da economia da ditadura, como se fosse a esquerda a responsável pelo poder do qual, cinicamente, Bob Field fizera parte.
"A CBF é o Brasil que deu certo." Uma entidade que tem a cúpula que tem, Teixeira, Marin e vírus anexos, se pode ser considerada exemplo, é melhor fazer como Noel quando o garçom limpava a mesa. Uma organização que, ao contrário do "planejamento alemão", seu novo credo, nunca se preocupou com a formação de jogadores, pouco está ligando pros clubes e resolveu seguir o exemplo inglês de transformação do futebol em espetáculo de televisão e "gentrificação' das "arenas".
E o que é mais cínico:
Quantas vezes não ouvimos, dele e do seu fiel Amuleto (13), que o que importava era ser campeão, vencer a copa, a exemplo da aporrinhola que nos inundou em 94 e da regressão agressiva de 98- "agora faltam 4, 3, 2, 1" até que, de fato, tivemos de engolir o vareio da França do Craque, este, sim um "Fenômeno", sem assessoria de imagem, Zidane. Tudo pra desqualificar a Grande arte de 82, que "não ganhara nada".
Parreira é tão inteligente que não percebeu que a Holanda de 74 e a seleção de 82 são mais lembradas do que os títulos de 94 e 2002. Inteligência tão brilhante, capaz da esperteza mesquinha de tentar atribuir a este timeco de fancaria de amarelo de pelada de paralelepípedo estatuto semelhante ao alcançado pelas duas Grandes Seleções.
Saudaçoes Rubro-Negras com sotaque de Berlim
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