Por Máximo
A historiadora argentina, Beatriz Sarlo, desenvolve uma ideia exposta por Pollak em "Memória, Esquecimento, Silêncio". O uso do romance feito por historiadores tem o sentido da utilização da terceira pessoa a quem o constrangimento é permitido. O personagem não necessita pudor.
O mito Pelé funda seu próprio imaginário, produz, destarte, uma outra realidade, de modo que não pode ser avaliado pela realidade pedestre, mesquinha, banal, que enseja, por exemplo, uma ditadura. Por isso, o Edson, que se aparta - é certo - do Pelé, diz em nome deste tanto as bobagens de ontem, na ditadura, quanto as de hoje, nas obras dessa copa cujo grande futebol, bem jogado , uma maravilha, certamente será usado como justificativa para o preço megalomaníaco sempre cobrado pela Fifa.
O viaduto que caiu ontem Belo Horizonte, matando e vitimando, também é "normal", faz parte do mesmo "fenômeno" que dispensa hospital por supérfluo?
SRN
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