quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mostra de Cordel Português na Casa de Rui Barbosa

Não é piada de português, mas houve também uma modalidade de cordel em Portugal e a prova é a “Coleção Arnaldo Saraiva” em exposição inaugurada hoje na Casa de Rui Barbosa, em Botafogo. Segundo o próprio Arnaldo Saraiva, um dos palestrantes, foi o português, que já acabou, a fonte do nosso cordel nordestino. O Historiador e Presidente da Casa de Rui Barbosa, Manolo Florentino e Alexei Bueno, que escreve a apresentação da Mostra, também compuseram a mesa de grandes nomes, o último ou o primeiro dos quais, ninguém mais ninguém menos do que o embaixador Alberto Costa e Silva, cujo nome basta. Foi ele, aliás, com sua erudição tranqüila, levemente irônica, que nos esclarece informando que, quando de sua experiência na Nigéria, viu que lá o cordel era um fenômeno urbano e de classe média por uma razão muito simples: também falava de amor e amor na Nigéria era, então, uma experiência recente, citadina, pequeno-burguesa, pois que, a exemplo da aristocracia européia, também a tradição nigeriana arranjava os casamentos conforme interesses de outra natureza que nada tinham com a liberdade do futuro casal de escolherem os próprios parceiros. 

Na exposição, aproveitei que estava ao meu lado e perguntei-lhe da semelhança do desenho em um cordel português do início do século passado com o traço do nosso caricaturista da época J. Carlos. O embaixador disse que era emulação característica. Minha sorte foi que a Cátia percebeu a conversa e fez a foto. 

SRN


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