A corrupção é condição
necessária ao futebol profissional na mundialização dos negócios do espetáculo.
Indispensável a economia de escala para encobrir e justificar os valores de
fantasia envolvidos nos contratos de marketing, de transmissão dos jogos, de transferência
de jogadores (o Bale, esse ponta-direita canhoto do Real era pra valer o que
valeu? E outros fenômenos mais, fabricados pra serem vendidos por volume
cúbico?), de construção de “arenas” (mesmo quando há dinheiro público, em que a
festa não necessitava de tanto escândalo, como no estupro do antigo Maracanã).
Um mercado para cuja funcionalidade inexorável o agiota, travestido nas
notórias “empresas de marketing esportivo”. Seguinte: aos seus donos são
entregues pelos dirigentes das federações toda a exploração comercial dos
campeonatos. Na venda para o mercado da comunicação e da confecção de
bugigangas (a indústria cultural), os agiotas repassam, então, o acerto para os
dirigentes. Apenas uma dúvida: as empresas de comunicação que participavam do negócio
não desconfiavam de nada, ainda que, pra tentar baixar o preço, o qual, sem
intermediação, certamente ficaria mais em conta?
SRN
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