quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Fifa e o Gatonet

A corrupção é condição necessária ao futebol profissional na mundialização dos negócios do espetáculo. Indispensável a economia de escala para encobrir e justificar os valores de fantasia envolvidos nos contratos de marketing, de transmissão dos jogos, de transferência de jogadores (o Bale, esse ponta-direita canhoto do Real era pra valer o que valeu? E outros fenômenos mais, fabricados pra serem vendidos por volume cúbico?), de construção de “arenas” (mesmo quando há dinheiro público, em que a festa não necessitava de tanto escândalo, como no estupro do antigo Maracanã). Um mercado para cuja funcionalidade inexorável o agiota, travestido nas notórias “empresas de marketing esportivo”. Seguinte: aos seus donos são entregues pelos dirigentes das federações toda a exploração comercial dos campeonatos. Na venda para o mercado da comunicação e da confecção de bugigangas (a indústria cultural), os agiotas repassam, então, o acerto para os dirigentes. Apenas uma dúvida: as empresas de comunicação que participavam do negócio não desconfiavam de nada, ainda que, pra tentar baixar o preço, o qual, sem intermediação, certamente ficaria mais em conta?

SRN




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