Mariátegui, aliás, já lutara contra o desencantamento iluminista totalitário recuperando o Mito. Agora vendo o acervo do Globo, um texto do Fernando Henrique sobre Gilberto Freyre, publicado no Segundo Caderno em 87, na época da morte do autor pernambucano. Vale a pouco ênfase que dá, perante a força criativa de Freyre, em exercício de autocrítica, ao conflito que historiadores que ainda se levam muito a sério mantém entre Mito e "Ciência".
O texto de Fernando Henrique me chama atenção por relacionar-se a Ecos da Marselhesa, publicado coetâneo (um conjunto de conferências nos EUA, em 89)) por Hobsbawm. Este sai em defesa da interpretação marxista da RF atacada pelo “revisionista” Furet. E o argumento mais forte está no próprio objeto do livro: a interpretação, a recepção, a herança, de resto, que "recebeu dos séculos XIX e XX”. E aí, consequentemente, os Mitos circulam - o que, para Hobsbawm, o Monstro Sagrado Hobsbawm, é perfeitamente legítimo.
SRN
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