Quem quiser menos esforço, vá direto ao último parágrafo e, se estiver lendo perto de uma caneta, rabisque tudo e substitua por Henrique Meirelles – o que vai ao encontro do último movimento do Ministro. Nem Lula nem Bolsonaro: eis o candidato do sonho dos respectivos eleitores da dupla antagônica.
Há momentos de Aron em Merval. Como é sabido, o grande filósofo francês, liberal, Raymond Aron leu, estudou, proferiu seminários e cursos sobre Marx mais do que qualquer outra coisa sobre Tocqueville, Stuart Mill etc. O caboclo de Aron, hoje arriado em Merval (o que talvez por problemas na tradução este nunca tenha lido sequer o Manifesto) manifesta-se com dados cuja interpretação não nos obriga à conclusão do último parágrafo: dos seus eleitores, Bolsonaro tem 60% até 34 anos; ao passo que Lula, 45%. Também, segundo assessores de Bolsonaro, Merval nos informa que, a despeito de estar em seu sétimo mandato, o bajulador de Brilhante Ustra aparece como anti-política e representante dos “cidadãos de bem”, simples, honestos, de família, que querem segurança e “impeça a bagunça em que o país está.”
A vontade foi ler de novo a autobiografia do Samuel Wainer.
E ainda tem gente que diz que o brasileiro não tem memória...
SRN
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