O Globo hoje, no Segundo Caderno, traz Niemeyer. O Rubro-Negro Carioca Genial tinha um traço, um traço dos monstros desenhistas: Picasso, Steinberg, Ungerer, Steadman, Jaguar.
Adora a curva, facilitada pela técnica do concreto armado, curva feminina, das montanhas da Guanabara. Fez até um poema dizendo do universo ser uma grande curva. A este respeito, aliás, Domenico de Masi, amigo do Rubro-Negro Carioca Genial, fala no Globo, no contraste a Le Corbusier, segundo quem “a curva era perigosa, funesta, arbitrária”. É o tal negócio: Le Corbusier era suíço, Niemeyer, Carioca, Rubro-Negro...com Niemeyer, a história da arquitetura se inverte, segundo De Masi: “não é mais a arquitetura que coloniza o Brasil. É o Brasil que coloniza a Europa.”
SRN, NIEMEYER
De 5 a 15 de dezembro, pouco mais de uma semana pra duas datas históricas da Grande Arte: 5 de dezembro de 2012, morre Niemeyer; 12 de dezembro de 1907, nasce Niemeyer. E, hoje, 10 de dezembro de 2017, o Globo faz um registro excelente de Memória. Outro entrevistado é o arquiteto Lauro Cavalcanti. Diz o que precisa:
Pra Niemeyer, “a arquitetura era uma surpresa. Ele nos ensinou que a emoção é uma função.”
“Numa cidade que é capital, a monumentalidade é intrínseca. No Egito, você se lembra de quê? Das casas populares? O poder quer deixar sua marca... mas a monumentalidade de Oscar não é opressiva. É entrar num túnel escuro de catedral e emergir na luz, no céu físico, em vez daquele breu europeu.”
SRN NIEMEYER
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