Há semanas, em O Globo, Veríssimo escreveu que Bolsonaro é o candidato que não engana e quem vota nele quer mesmo um Estado que exclua, torture e mate, como na ditadura militar.
O Roda Viva, pois, era mais um "like".
Bolsonaro certamente combinou com a própria assessoria os "memes" que iria fabricar no centro da roda e que repercutiriam no reforço do personagem autoritário bem ao gosto dos seus adeptos.
Está na hora de acabar com a ilusão de bufonaria. E é o papel da Imprensa.
Bolsonaro e seus eleitores são impermeáveis a quaisquer argumentos. Expô-los à razão nunca funcionou em circunstâncias históricas semelhantes, dominadas pela truculência e sentimentos baratos e fascistas têm sucesso justo porque investem na vingança - facilitário sempre conveniente à corrupção, violência e antipolítica em que vivemos. Bolsonaro não pode usar, como quer, as liberdades públicas para, primeiro, ameaçá-las, como faz agora em campanha, para, adiante, matá-las, caso eleito.
Vida que segue, como dizia o grande carioca por afeto, João Saldanha...
SRN