Ter uma posição progressista hoje equivale a acumular mais um problema: a suspeição de ser um "influenciador" assalariado do Lulismo.
Brizola tinha razão quanto à existência de uma esquerda de que a direita gosta.
Ciro - aspirante, de resto, a candidato do trabalhismo histórico - faz o movimento correto, ao dirimir quaisquer dúvidas relativamente ao eleitorado de Bolsonaro. Sua ambiguidade incomodava. Parecia que apostava em uma verossimilhança que conta muito em contexto novo de peso eleitoral das redes sociais. Agora usou o estilo agressivo na direção justa. O político antes era um sabonete que precisava ser bem vendido. Hoje basta a imagem em jpeg da embalagem escaneada e publicada para as curtidas da bolha e dos comentários de ódio. Ciro fez POLÍTICA (assim mesmo, em caixa alta), quando reconhece e diz com todas as letras que o eleitor de Bolsonaro quer um país sob um Estado que aparte, discrimine, torture e mate.
SRN
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