Por Máximo
Pensando na escrita, vem sempre os livros e os autores que insisto, mas, não consigo ler. Guimarães Rosa e "Grande Sertão Veredas" são exemplos. Minha atitude retoma a ilação com a entrevista de grandes cineastas, excelentes para serem lidos, a estética formando imagens com as palavras bem ditas, as ideias em estado de pureza, mas, cuja execução, quando boto o dvd, me dá sono e retorno ao futebol. Tanto o Flamengo de 81, quanto a seleção de 82, sob a direção de arte de Telê, artefatos, de fato, visuais.Podem também virar texto. E aqui mais um exemplo: falar de Jaime é escrever uma crítica à imposição pós-moderna que trabalha a imagem antes de derivá-la do lugar material que lhe cabe. Assim como um texto só pode produzir transformações porque extrapola sua própria materialidade, reduzindo-se a encerrar-se apenas no que é linguagem, Jaime não necessita de uma imagem prévia, com elementos compósitos de um MBA lato sensu típico desse mundo da bola de arrivismo de celebridade que nos dá blatter, marin e vírus anexos, além de um maracanã pasteurizado.
Jaime soube ver do que o Flamengo precisa. No jogo contra o botafogo, um problema, uma hipótese e os 4 x 0. O lado direito deles improvisado, Jaime atacou ali, através de um Paulinho, a quem, de resto, também ensinou a deixar o excesso de pernas da época do cara que era errado até no nome: aqui no Rio não é mano, é meu irmão.
Jaime sabe que a realidade existe e o Flamengo é um referente excelente.
SRN
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