Vendo a Alemanha agora há pouco, 3 x 0 na Irlanda, lembrei-me de Telê. Sua direção de arte também usava desenho semelhante, um losango e a bola no meio tocada com habilidade. A seleção de 82, aliás, é uma boa hipótese de excelência, mas necessita da crítica da seleção de 70 como documento. A ideia de mobilizar a concepção de crítica ao documento como monumento, instrumento de poder. Por que a seleção de 70 é tributária a Certeau, conforme Le Goff em "História e Memória", no ufanismo do "Ame-o ou Deixe-o", separada pra virar documento?
A bola longa, esticada pra Benedict Anderson, a nação é imaginada e o futebol tem a escala afetiva de cobrir todo o território. Não faltam excelentes trabalhos sobre a seleção de 70 nessa relação com o poder. Haverá sobre a seleção de 82, tão mais artística quanto menor sua capacidade de ilustrar a decadência da ditadura?
SRN
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