Por Máximo
Lá trás, haviam me dito que monografia de conclusão de curso, bem como projeto de mestrado, deveria ter uma grande dose de prazer. De fato. Hoje vou à biblioteca do nono da UERJ para ler "A Ideologia da Segurança Nacional: o Poder Militar na América Latina", do padre belga Joseph Comblin, publicado em 78. Deixo a leitura fluir, faço anotações, sabendo que o livro do padre é de 78, época de distensão, mas longe ainda da dissolução da URSS, onze anos depois. A Doutrina permanecia a mesma, com a premissa maior de combate à guerra revolucionária. E hoje, como se pensa a segurança nacional? As especificidades locais, antes negligenciadas pela premissa maior, são consideradas e promovem, de fato, uma inflexão de caráter nacional? E a hegemonia americana, praticamente absoluta, mas e em face da pulverização dos ataques, sem um Estado inimigo e Forças Armadas visíveis? E as Forças Armadas latino-americanas recomendadas ao papel de milícias contra o narcotráfico? De qualquer modo, para a monografia, cujo recorte é exatamente 78, a seleção brasileira que disputa o Mundial da Argentina, o livro do padre fornece o quadro teórico à interpretação dos símbolos usados pelos Estados sob o âmbito da Doutrina.
De fato, calcule: ter de debruçar sobre a bibliografia extenuante de Antiguidade Ocidental, apenas pra estudar as implicações possíveis das linhas do vaso de Pisistratus?
SRN
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