terça-feira, 27 de abril de 2010

Datafuleiro




Se vê muito isso em corredor de universidade. O esforço pela "pureza" científica, livre de "manchas" ideológicas. Em linguagem de cantina, da própria universidade, é mais ou menos como o cara que diz que não "gosta de política", que é "apolítico". Esquece-se o tricolor, vice e amarelo, porque isso só pode vir daí, que não fazer política já é fazer política. È tão neutro quanto quem vê, com imparcialidade, porrada entre o Mike Tyson e o Juninho Paulista.

Se vê muito também em rádio de paulista, como acabei de ouvir agora no tal cbn esporte club só pela "abordagem" do negócio. Meus camaradas, há coisas que só brotam às margens túrgidas do tietê. Um esforço pro cara do datafolha bancar a própria "cientificidade estatística" que acaba mais engraçado do que aquele arremedo marcelo tas.

"O datafolha está acima de qualquer suspeita."

Termina impávido o apresentador, provavelmente sob eflúvios já vindos da linha telefõnica ligada direto do lar do Prado.

A "ciência" já vem de algum tempo. "Tendências" detectadas desde 2006 apontam a estabilidade da Nação Maior, enquanto que os corintianos vem demonstrando "expansão".

Sabe-se da merda em que andam as empresas de comunicação. E no negócio pra garantir um levado vale tentar aumentar a venda de jornal, expandir a circulação que permita um índice que se traduza em publicidade, grana, muita grana, que pode ser conveniente tendo a simpatia da grande torcida do mercado paulista, que é o objetivo do datafuleiro.

Há coisa melhor pra dar uma aliviada no temporal da Gávea às vespéras da classificação para a próxima fase da Libertadores?

SRN

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