Nessas horas, é o tal negócio: o futebol aproveita o que há de mais atrasado de nossa formação - escravismo, nepotismo, patrimonialismo, o diabo - ao arremedo de uma estrutura vulgar de novos-ricos. Tanto faz a afetação de "barrashopping" ou a cara do "saara". Só ilude a pretensão de exclusividade, impossível a uma forma de consumo de massas como o futebol.
De vez em quando convém umas palavras melhores para ver se essa gente nos respeita. Esse é o objetivo. Deveria ter sido sempre. E parece ter sido quando da época do verdadeiro Márcio Braga. Do gol do Rondinelli, de um canto batido pelo Zico, em 78, até à saída do nosso Maior Monstro Sagrado pelo impronunciável, em 83, estivemos numa época mítica. Vai ver o mito do Manto Sagrado, uma Nação Maior Horizontal, Rubro-Negra.
De vez em quando é bom.
Aquele time ao final da década de 70 e primeira metade dos 80 era a expressão exata, perfeita, do grau de refinamento a que poderia chegar a alma popular. Quando tudo parecia não ser de outro modo, surgem Zico, Júnior, Leandro, Adílio. E a "era Hélio Maurício", de Merica, Paulinho, Rodrigues Neto cede à uma contradição que não impunha a raça como a única possibilidade para um time de massas.
Um alemão bem antes de Beckenbauer escreveu:
"Tudo aquilo que exerceu uma grande influência, em verdade, não pode ser julgado."
Goethe tinha razão. Aquele time de 81, campeão de tudo, foi tão influente - mais do que marcou uma época, definiu um modo de se jogar futebol - que nada resta senão cultuá-lo, como acaba de fazer o técnico do santos. Dorival Junior nunca viu nada melhor do que Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Junior; Andrade, Adílio e ZICO; Tita, Nunes e lico.
A enumeração acima deveria ser toda escrita em caixa alta. Só não o fiz porque exigiria, para ZICO, um corpo de letra maior, esculachando a diagramação. Mas, a resposta vai na veia:
Andrade pode viver no Flamengo do passado que quiser. Qualquer dia, fato, conjuntura o situa na estrutura da Nossa História de Honra. Sai da Gávea, vai da cuidar da vida, mas é só.
E Marcos Braz, Leo "comissão de tintura" Rabello, "Super-helinho (não fode...)?
Presidenta: muito cuidado com a companhia que prefere.
"Tudo aquilo que exerceu uma grande influência, em verdade, não pode ser julgado."
Goethe tinha razão. Aquele time de 81, campeão de tudo, foi tão influente - mais do que marcou uma época, definiu um modo de se jogar futebol - que nada resta senão cultuá-lo, como acaba de fazer o técnico do santos. Dorival Junior nunca viu nada melhor do que Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Junior; Andrade, Adílio e ZICO; Tita, Nunes e lico.
A enumeração acima deveria ser toda escrita em caixa alta. Só não o fiz porque exigiria, para ZICO, um corpo de letra maior, esculachando a diagramação. Mas, a resposta vai na veia:
Andrade pode viver no Flamengo do passado que quiser. Qualquer dia, fato, conjuntura o situa na estrutura da Nossa História de Honra. Sai da Gávea, vai da cuidar da vida, mas é só.
E Marcos Braz, Leo "comissão de tintura" Rabello, "Super-helinho (não fode...)?
Presidenta: muito cuidado com a companhia que prefere.
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