O Canhoto Genial, no jogo em
que faz o gol mais fantástico de todas as copas, também fora ungido por Deus
pra fazer mais um, na Inglaterra, utilizando a Mão do Espírito Santo, sempre
tão problemático em matéria de fé, mas que, naquela tarde ensolarada mexicana,
resolveu se meter na disputa entre Maradona e Shilton, goleiro inglês, numa
bola alçada na área.
Já a mão de Henry, atacante
francês, no gol que classificou a França e eliminou a Irlanda, pra copa de 2010,
nada teve de benta, pois, além de explícita, pornográfica, custou depois 5
milhões de euros pagos por Blatter, em troca do silêncio do presidente da
federação irlandesa.
É o tal negócio: a economia
de escala, decorrente do imbricamento futebol, televisão e negócio, exige a
corrupção necessária a justificar os valores envolvidos na transferência de
jogadores, na construção de “arenas” multi-serviços, o patrocínio e a
propaganda. Tudo isso tem data: anos 90
Conforme Bourdieu: “um
esporte espetáculo totalmente separado do esporte comum.”
SRN
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