quinta-feira, 4 de junho de 2015

A Mão de Maradona Foi de Deus



O Canhoto Genial, no jogo em que faz o gol mais fantástico de todas as copas, também fora ungido por Deus pra fazer mais um, na Inglaterra, utilizando a Mão do Espírito Santo, sempre tão problemático em matéria de fé, mas que, naquela tarde ensolarada mexicana, resolveu se meter na disputa entre Maradona e Shilton, goleiro inglês, numa bola alçada na área.

Já a mão de Henry, atacante francês, no gol que classificou a França e eliminou a Irlanda, pra copa de 2010, nada teve de benta, pois, além de explícita, pornográfica, custou depois 5 milhões de euros pagos por Blatter, em troca do silêncio do presidente da federação irlandesa.

É o tal negócio: a economia de escala, decorrente do imbricamento futebol, televisão e negócio, exige a corrupção necessária a justificar os valores envolvidos na transferência de jogadores, na construção de “arenas” multi-serviços, o patrocínio e a propaganda. Tudo isso tem data: anos 90

Conforme Bourdieu: “um esporte espetáculo totalmente separado do esporte comum.”


SRN

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