Lazzaroni, Parreira,
Zagallo, Dunga, Scolari. Todos são personagens do pequeno futebol, de um
cotidiano em que, na incapacidade de se pensar mais amplo, prende-se e se esgota
no que chamam de “resultado”. De fato, são todos eles mesmos “resultado”. O
título de 94 é a vitória do ressentimento contra a arte sem taça de 82 e que
não resiste ao exame nos termos do próprio pragmatismo. Uma campanha pífia nas
eliminatórias, cuja classificação só foi obtida graças ao talento de Romário contra
o Uruguai e contra a vontade de Parreira e Zagallo que não o queriam na
seleção. Um ataque – Romário e Bebeto – só definido na própria copa, para uma
campanha insípida, árida e que, na final, não ganhou por nenhum “mérito” avassalador,
mas, nos pênaltis, exatamente como o que nos eliminou ontem. Calculem se Baggio
não tivesse isolado aquele bola e Taffarel não fosse o grande goleiro que foi?
2002, o “apito amigo” (sic)
quantas vezes não foi conveniente?
Evidente que o modelo do
futebol brasileiro se inscreve na lógica do futebol mundial do grande negócio.
E, talvez, nessa divisão do trabalho não nos caiba mais do que o que nós temos.
Mas, será que os 7 x 1 - e agora essa eliminação agônica - não é a hora de se
discutir toda a economia do futebol, aproveitando a crise da Fifa, pra quem
sabe até tentar implodir, pelo nosso peso no mundo da bola, todas essas
relações que nos deram Havelange, Marin e Vírus Anexos?
A propósito, Dunga é só um
detalhe, para parafrasear o nosso cientista político balípodo, Parreira, para
quem, aliás, a “CBF é o Brasil que deu certo”.
SRN
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