segunda-feira, 8 de junho de 2015

O “Fenômeno” dos Despachantes de Chuteiras



Não dá pra negar a decepção com o governo Dilma, cujo ápice, ainda quente o computador eleitoral, foi usar a austeridade com o argumento de sempre da direita – e o que é pior: a chancela de alguém vindo do campo da esquerda, como se dissesse:
“Podemos brincar de reformistas, progressistas, até revolucionários, mas, quando a crise chega, o que resolve mesmo é o bom e velho ortodoxo plano liberal.”
Isso pra dizer que é preciso cuidado, agora que ninguém leva a sério o jogo do terceiro turno, afastada completamente a idiotia de impeachment. Não dá pra ler nem a estúpida Veja, com tampas de vaso sanitário de botequim fuleiro, tampouco jornalistas que não sabem mais distinguir matéria de panegírico. Luis Nassif dá pra ser lido quando é preciso, exato nas informações que passa, como agora na postagem sobre o “Mistério Ronaldo”.
A história da vida empresarial do “Fenômeno”, que também começa com mais uma dessas empresas de despachantes de intermediação e levado, conhecidas pelo nome típico do arrivismo neófito da era neoliberal: “marketing esportivo”. Primeiro, a “Gortin”, depois “9nine” (sic). Melhor ler a postagem completa no blog do Nassif cujo link segue abaixo. Antes, porém, a impressão de que se tratava de um pobre-diabo, adestrado, um ventríloquo bastante adequado para se enxergar um “fenômeno” de produção de valor no esporte espetáculo, então emergente, supera a confirmação quando lembramo-nos do seu depoimento na CPI da Nike, o ar patético, confrontado a Edmundo sobre o que ocorrera, de fato, na final da copa em 98. O “marketing esportivo” o instruíra a repetir, apenas repetir, que “tinha mais credibilidade que o Edmundo”. Baseado em que, cara-Pálida? 
Certo, no “marketing esportivo”. Um ventríloquo, como se vê, e que, no máximo (sem trocadilho), passava por ridículo diante de raposas velhas do Congresso. 
Ocorre que o ‘Fenômeno” não é só uma piada fabricada.
SRN

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