sexta-feira, 26 de junho de 2015

"Eu até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei e gosto de apanhar."

Num dia importante para a conquista dos avanços civis, a declaração de Dunga demonstra como o futebol encarna contradições da sociedade brasileira. Não vale sequer discutir o conteúdo da declaração, de tão bisonha, mas como a ausência do trabalho de memória, que tantas marcas deixaram no protagonista da 'Era Dunga", sempre retorna com ressentimentos. Dunga não se conforma com o amor que temos pelaseleção de 82, que não ganhou nada. A transição incompleta da ditadura, bloqueando o exame das relações sociais, das cumplicidades e conivências, procurando reduzir a tortura e os torturadores ao âmbito individual, encontra uma metáfora muito bem delineada no futebol brasileiro que nos dá Havelange,Teixeira, Marin, Del Nero e Vírus Anexos. 
SRN
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