Por Tadeu dos Santos
"A Tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim."
Ouço aqui e ali a velha ladainha de que em breve seremos superados quantitativamente por aquele bando de bandeirantes interioranos e cafonas. Nada há, no entanto, a temer.
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim."
Ouço aqui e ali a velha ladainha de que em breve seremos superados quantitativamente por aquele bando de bandeirantes interioranos e cafonas. Nada há, no entanto, a temer.
Por todo o tempo em que o futebol guardar no mais recôndito de suas entranhas algum espaço onde possa o lúdico se espraiar haverá um mar vermelho e preto tomando toda a extensão da arquibancada.
Demos ao mundo um Basquiat que assobiava e um mágico que gargalhava ao driblar.
Somos o Flamengo de Biguá, Bria, Jaime, Andrade, Adílio, Zico, Geraldo, Rubens, Friedenreich, Jadir, Jordan, Babá, Dida, Valido, Zizinho, Leandro, Júnior, Carlinhos, Índio.
Reinventamos o ato de torcer e, não duvidem, basta chamar e lá estaremos todos. Orgulhosos e fiéis membros do maior e mais importante patrimônio do clube – sua apaixonada torcida.
Dado o recado àqueles que da natureza só conhecem a garoa. Segue um outro para o mais recente pedaço de carne lançado à lenta fritura de nossas caldeiras.
Joel Santana é homem prenhe de defeitos, como todos nosotros. É, no entanto, uma pessoa relativamente previsível. Dedica-se a arrumar a defesa para só na sequência ocupar-se dos demais setores do time.
Todos os seus times tinham uma sólida defesa, um bom meia passador (vide Dejair) e um atacante veloz. Fez carreira vivendo de contra-ataques. Todos sabem disso e queremos crer, também a “diretoria” do Flamengo.
Não merecemos a derrota diante da Bambizada, tampouco o último resultado adverso diante dos matutos azuis e ainda que vivam a repetir que futebol é resultado não contávamos com a posição adotada pela direção do Clube.
Chamar Vágner Love para que ele explicasse o inexplicável afigurava-se a melhor alternativa, superada esta apenas pela impossível alternativa de por a correr os responsáveis pelos desmandos e falta de profissionalismo que imperam na Gávea, a saber, a diretoria.
Mas à semelhança do motorista do ônibus, devemos falar à diretoria apenas e tão somente o indispensável e assim fica o recado: os senhores não estão à altura do Clube de Regatas do Flamengo.
Cuidado Dorival!
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