quinta-feira, 30 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
"Estudos sobre Ruínas"
Este é o título do livro recente de Marildo Menegat, um intelectual preciso, sem desperdício. Além de generoso, capaz de dedicar-se à reflexão sobre desenhos. Não é pouca coisa: não se trata de uma concessão ao enfoque cultural que recusa o marxismo em favor de um cognitivismo subjetivo de exaltação do próprio umbigo típico de certas correntes da "Nova História", de resto, já antiga.
SRN
Caro Antônio,
É incrivel a justeza da proposição do segundo desenho. Não basta o cadáver ainda faminto boqui-aberto para as traças mundanas continuarem seu trabalho de 'topeiras da história natural da humanidade' - algo como uma volta mineral do humano ao mundo inorgânico; mas é necessário que a bandeira triunfante do dólar aponte sua base armada para a sombra dos cadáveres, caso se movam... A morte que o capitalismo produz há muito é mais do que apenas morte, dai o horror que nos tornou o próprio susto!
Grande abraço,
Marildo.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
CAROL LOVE
Por Máximo
Como este é um blog Rubro-Negro e porque, a partir do Flamengo, tudo é possível: da política à economia, passando pela cultura, a Nação Maior demontra a viabilidade, ainda, da História Total.
Braudell certamente era Rubro-Negro.
A exemplo da minha filha, Carolina, que, em domingo de Vagner Love, contra os complexados da Quinta, me deu o presente do seu aniversário aqui em casa.
Desculpem-me o panegírico.
E o derramamento é incontido.
Um beijo Carol.
SRN
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
"Noventa Milhões em Ação..."
Por Tadeu dos Santos, graduado em Ciências Sociais e Direito, pela UERJ
Não há como deixar de falar sobre os caminhos que permitem o feliz encontro do cinema com o futebol. Ambos privilegiam sobremaneira a estética do movimento. Miram ainda que de diferentes ângulos, no lúdico, na fantasia.
"Pra Frente Brasil" é um filme de 1982, a direção é de Roberto Farias. Trata-se, em apertadas linhas, da conquista do tricampeonato em 1970. O pano de fundo é a dura repressão ocorrida nos porões da Ditadura instaurada no país em 1964. Aponta claro, para o uso político que se fez daquela conquista. Vivíamos o milagre econômico e vicejava por aqui o mais escandaloso dos ufanismos. Brasil, ame-o ou deixe-o era a alternativa dicotômica deixada aos que ousavam discordar.
"O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", é de 2006, a direção é de Cao Hamburger.
Também aqui se retrata a conquista do tricampeonato no México. Desta feita, porém, tem-se a perspectiva de um menino que afastado dos pais (capturados pelas forças repressivas), conhece seu primeiro amor, encanta-se com o futebol e desfruta da amizade do amigo de seu falecido avô. São belíssimos os desempenhos de Michel Joelsas (Mauro, o menino) e de Germano Haiut (o vizinho de seu avô).
O viés político, sobretudo no primeiro filme ("Pra Frente Brasil"), tem o condão de ditar os contornos de ambos os filmes. Nada contra. Afinal reconhecemos que política e futebol mantêm uma relação umbilical, ainda que um tanto quanto promíscua. Nos dias que seguem mais do que uma preferência por este ou aquele jogador, o que se tem na realidade é uma opção política por uma dada concepção de se praticar o futebol. Nunca antes na história deste país o “Ordem e Progresso”, de corte nitidamente positivista, estiveram tão atrelados aos ideais informadores de nosso escrete. E como isso é triste, não?
Retomemos, porém.
A Inglaterra venceu a Copa de 1966. Pois por lá realizaram o belo “A Bola da Vez” (Reino Unido, 2006, direção de Paul Weiland). Vê-se no filme o entrelaçamento entre os problemas da dita vida privada (uma família judia em vias de comemorar o Bar Mitzvah de seu filho – que finda por coincidir com a final da copa – os problemas financeiros da família e a distância dos pais) – e o sucesso da Inglaterra na Copa.
A Alemanha saiu-se vencedora nas copas de 1954, 1974 e 1990. "O Milagre de Berna" (Das Wunder Von Bern), de 2003, direção de Sönke Wortmann, cuida da conquista de 1954. Aquela foi a Copa da Hungria de Puskas. No entanto, o filme também visto sob a ótica de um menino, fala da frieza e da tenacidade germânica. Naquele campo enlameado Rahn, seus companheiros e suas chuteiras adidas (as travas podiam ser atarraxadas) fizeram a felicidade do pequeno Matthias. Um grande filme.
Os cronistas esportivos não se cansam de afirmar que o Brasil é um celeiro de craques. É verdade e não irei aqui descer às minúcias. Não esperem, pois, um imenso rol com nossos craques de todos os tempos. Mas também sob esse aspecto é escassa a nossa produção cinematográfica.
Em "Pelé Eterno" (Brasil, 2004, direção de Aníbal Massaini), o maior jogador de todos os tempos tem sua vida retratada através de seus gols e alguns depoimentos de ex-jogadores. Ali não há qualquer liame entre futebol e problemas da vida privada. Tampouco se vê qualquer ligação entre o futebol e as nossas mazelas políticas.
É um filme com o jeitinho do Pelé, o mais suíço dos brasileiros. Pelé é o representante mor do não sei, não vi e se disserem algo em contrário, eu nego. Pelé é a personificação da isenção. Dizem que tal postura garante sua frequente presença nos eventos organizados pela Fifa. Essa mesma postura também permite que compreendamos o interminável amor nutrido pelos argentinos por Diego Maradona que, sabemos todos, em tudo se envolve, chora em público, erra e, às vezes, pede desculpas, droga-se, engorda, emagrece. Como é humano este ídolo, não? Paradoxalmente em sua homenagem erigiram uma igreja.
Já o Pelé aparta-se do Edson. Acredita que é rei e fala de si na 3ª pessoa. Só nos restou mesmo admirar o Pelé jogador. O filme segue essa trilha. Há muitos gols e pouca informação (nada, por exemplo, sobre a Ditadura). Enfim... Um Pelé clássico. Ao fim e ao cabo, a constatação: como jogava bola esse Pelé.
Em “Garrincha – A Estrela Solitária” (Brasil, 2003, direção de Milton Alencar Jr), tem-se a vida do nosso anjo torto. Mané, o último dos românticos. A fita centra-se nos problemas decorrentes do vício (alcoolismo) e de sua tumultuada vida afetiva. Peca, a meu ver, por não enquadrar todo o dilema particular do jogador com a realidade circundante. Tratando-se, contudo, de filme biográfico sai-se bem melhor do que o já comentado Pelé Eterno.
Em todos os estados brasileiros temos acirradas rivalidades: Fla-Flu, Grenal, Corinthians e Palmeiras, Cruzeiro e Atlético Mineiro etc. Eis aí mais um tópico referente ao futebol que ainda não recebeu o devido tratamento de nosso cinema.
Lembro de “O Casamento de Romeu e Julieta” (Brasil, 2005, direção de Bruno Barreto) em que dois jovens, a mocinha Palmeirense e o rapaz Corintiano, se apaixonam e enfrentam a fúria familiar (todos apaixonados pelos respectivos clubes). O filme não é bom.
"Hooligans", (2005, direção de Lexi Alexander) não é, a toda evidência, um grande filme, mas retrata o quanto pode ser traumático o acirramento da rivalidade. Ao fim tornou-se mais um ingrediente a engordar o caldo que conseguiu refrear a onda de violência que tornava a freqüência aos estádios uma aventura cercada de horrores por todos os lados.
O futebol é jogado entre 4 linhas, mas se faz presente em cada aspecto de nosso cotidiano. Casais brigam e se reconciliam ao sabor das mais diversas rivalidades futebolísticas. Pelé já provocou uma trégua para que os litigantes pudessem vê-lo jogar. Já ouvi a história de um casal que se separou porque a mulher resolveu ir ao banheiro do Maracanã (acompanhada do marido, claro) e nesse ínterim saiu o célebre gol de Pelé, no jogo Santos x Fluminense.
Foi com os olhos postos nessa invasão da esfera privada levada a efeito pelo futebol que se fez o excelente “À Procura de Eric” (Inglaterra, 2009, direção de Ken Loach), em que o jogador Cantona (francês) que jogou no futebol inglês torna-se o conselheiro do carteiro, também Eric.
Essa também é a trilha percorrida por “O Segredo dos Seus Olhos” (Argentina, 2009, direção de Juan José Campanella). O filme ganhou o Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro. É imperdível. Rivalidades à parte, havemos de reconhecer o quanto são formidáveis os nossos hermanos.
No mais, fica o registro de que Garrinha não foi nosso único anjo-torto. Heleno de Freitas do Botafogo, Almir do Flamengo, Nei Conceição do Botafogo também o foram. E a lista não para aqui.
"Boleiros – Era Uma Vez o Futebol" (Brasil, 1998, direção de Ugo Giorgetti) é, sem sombra de dúvida, o filme que melhor coroa a relação cinema/futebol. Uma beleza de filme. Lá se vão, no entanto, 12 anos. Façamos outros (já há o Boleiros 2). Há um latifúndio a ser cultivado (no bom sentido, claro). Urge que prossigamos.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
"Tá na Hora! Tá na Hora! Tá na Hora de Brincar!"; de fato?
Por Tadeu dos Santos
"Na realidade, o Brasil não perdeu a medalha de ouro, mas sim ganhou a de prata."
A pérola acima é de autoria do ex-jogador e atual comentarista global Casagrande.
Considerando-se o menosprezo que “nossas” autoridades sempre dedicaram aos assuntos olímpicos, a frase até poderia ser considerada crível. Não é este, todavia, o caso.
Nossos adversários nas Olimpíadas foram: Bielorrúsia, Nova Zelândia, Egito, Coreia do Sul, Honduras e México. Convenhamos que à exceção do México, todos os demais são verdadeiros jejunos nessa coisa em que outrora fomos tão bons.
Em que pese tudo isso, em meio à competição sacaram um atancante (Hulk) e lançaram um volante (Alecsandro).
É essa a filosofia que há tempos norteia nosso futebol. O campo infestado de volantes que tem a bola na conta de “coisa redonda” que leva a insônia à minha cama.
Andaram a falar que nosso problema era de atitude ou ainda que fomos tomados pelo complexo da “tal medalha que não vem”.
Mas que nada! Nosso problema não é conjuntural, mas estrutural. Não fazemos a tal história a contrapelo de que fala Marilena Chauí no prefácio do livro de Edgard De Decca (O silêncio dos Vencidos). Não estamos por aí a revolver o passado para fazer ecoar o discurso daqueles que restaram vencidos. Andamos sim, na contramão da história.
Há tempos, os volantes de hoje seriam meros zagueiros (e olhe lá). Ocupam a faixa nobre do campo, mas não jogam. Não tocam bem a bola, não lançam, não driblam. São jogadores formados à moda Dunga. São cães persecutórios e nutrem em relação à bola um velho e entranhado ressentimento.
Sim! Padecemos de um inafastável entrave estrutural em que a derrota é o mal menor. O mais deletério em todo esse contexto é a evasão da beleza, é a germanização do “nosso” futebol que em tempos idos, era a cara do brasileiro.
À estupidez estrutural acresça-se nosso parco espírito olímpico e nossa falta de educação esportiva e eis o quadro que reiteradamente nos lança ao peito uma medalha diversa do ouro.
A contratação de Lucas e Oscar por clubes europeus lembrou-me sobremaneira da Copa de 1974, em que Paulo César Caju fechou contrato com um clube francês em plena concentração da seleção brasileira. Já éramos então um grande balcão de negócios. Em meios às últimas olimpíadas não nos limitamos ao fechamento de contratos milionários, também houve um farto churrasco nos dias que antecederam o vexame diante do México.
O vento é fator impeditivo para nossos atletas, o peso das pernas também. E os nervos? Nem me falem.
E não venham dizer que o povo não quer medalhas. Ele quer. Não digam também que o povo não sabe o que quer. Ele sabe.
Aliás, o discurso tendente a negar a importância das medalhas que outrora fazia morada junto às “nossas esquerdas”, agora fixou residência também nos sítios da direita.
Mas tudo há de ajeitar-se. Batemos a Suécia. 3 X 0. É mole?
E lá estava Pelé juntos às autoridades suecas. Aliás, como gosta de autoridades esse “nosso” Pelé, né não? Tanto tempo sob os holofotes e esse sujeito jamais arrumou um tempinho pra falar sobre racismo, política, pobreza ou qualquer outro tema que diga respeito aos brasileiros. Ele paira sobre os acontecimentos. Não é uma pessoa, mas uma entidade.
É um chato monumental, um áulico.
Sim! Batemos a Suécia e arrancamos rumo à copa. Disse-o Galvão Bueno que, ao longo da carreira, levou vergonha aos verdadeiros jornalistas. É o nosso locutor-Poliana. Vende diuturnamente o futebol. É um vil comerciante a sacrificar a verdade em nome das necessidades do mercado. Presta um longo desserviço ao futebol. É um engodo, um farsante. È a Xuxa e nós, os incautos baixinhos.
Efeito Orloff
Por Tadeu dos Santos, graduado em Ciências Sociais e Direito, pela UERJ
A capa de VEJA anuncia o choque de capitalismo promovido pelo PT.
Mas a troca providencial do substantivo privatização pela expressão concessões à iniciativa privada faz com que passemos ao largo de qualquer comparação com o PSDB. Ou não?
As cotas e as bolsas foram criadas durante o período FHC. Ao PT coube o espraiamento da ideia.
O movimento grevista que já provocou a paralisação de quase 50% do funcionalismo público federal também guarda estreita relação com o governo tucano. Como sabemos, remunerar adequadamente os servidores públicos não tem o condão de carrear votos. Talvez tenhamos pela frente o apequenamento das atribuições do Estado, sonho acalentado desde sempre pelo empedernido movimento liberal que domina setores importantes de nossa imprensa.
O mensalão, bem como a larga base aliada alijaram irremediavelmente quaisquer resquícios de oposição. A imprensa, silente qualquer oposição partidária institucionalizada, ocupou o espaço e nesse contexto o choque de capitalismo do PT parece um mensalão feito sob medido a lançar a mordaça da satisfação naqueles que ousavam apontar desvios de comportamento que, ao fim e ao cabo, são devidamente assimilados, eis que ínsitos ao nosso jeitinho de fazer política. Fazem parte da manutenção do status quo.
Já disse o poeta que: "se foi pra desfazer pra que fez?". Há alguma possibilidade de separação dos gêmeos siameses PT e PSDB? Espero que sim.
No mais, 61 milhões de reais será o montante despendido pelos mensaleiros a título de honorários advocatícios. Desculpem, por favor, minha incomensurável inocência, mas não custa perguntar: de onde vem tanto dinheiro?
terça-feira, 14 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Zizek, Assobiador
Por Tadeu dos Santos, graduado em Ciências Sociais e Direito, pela UERJ
O texto que se segue já foi anteriormente publicado no Nação. Ele novamente tornou-se oportuno em decorrência da crítica efetuada por John Gray, autor de Missa Negra, Cachorros de Palha, Voltaire, Al Qaeda e o que significa ser moderno, dentre outros, à obra de Slavoj Zizek, na Revista Piauí, nº 71.
A crítica à Violência Revolucionária presente na obra de Zizek faz-se nos seguintes termos;
'A celebração da violência é uma das principais vertentes na obra de Zizek. Ele critica Marx por pensar que a violência pode ser justificada como parte do conflito entre classes sociais definidas objetivamente. A luta de classes não deve ser entendida como um conflito entre agentes particulares dentro da realidade social: não é uma diferença entre agentes (que pode ser descrita por meio de uma análise social detalhada), mas sim um antagonismo (luta) que constitui esses agentes. Aplicando essa visão ao discutir os massacres de Stálin ao campesinato, Zizek descreve como a distinção entre os Kulaks (camponeses ricos) e os demais se tornou turva e inviável: numa situação de pobreza generalizada, os critérios claros não se aplicam mais, e as outras duas classes de camponeses muitas vezes se uniam aos Kulaks em sua resistência à coletivização forçada”. Em resposta a essa situação, as autoridades soviéticas introduziram uma nova categoria, o sub-kulak, o camponês pobre demais para ser classificado como kulak, mas que partilha os valores dos kulaks.
Assim, a arte de identificar um kulak deixou de ser uma quesgão de análise social objetiva; tornou-se uma espécie de complexa “hermenêutica da suspeita”, de identificar “as verdadeiras atitudes políticas” de um indivíduo escondidas debaixo das suas enganosas afirmações públicas.
Descrever o assassinato em massa dessa maneira, como um exercício de hermenêutica, é repugnante e grotesco; é também característico da obra de Zizek. Ele critica a política de coletivização de Stálin, mas não por conta dos milhões de vidas que foram violentamente interrompidas ou destruídas em seu curso. O que Zizek critica é o apego persistente de Stálins aos “termos marxistas científicos” (…) O que Zizek condena em Stálin não é o uso implacável da tortura e do assassinato, mas sim o fato de ter tentado justificar o recurso sistemático à violência mediante referencias à teoria marxista.
No mais, impõe-se afirmar que Zizek tem uma produção algo prolixa (mais de 60 obras após a publicação de seu primeiro livro em l989). Também há fartura na publicação de artigos e entrevistas. Também no cinema se faz presente com Zizek (2005) e The Pervert's Guide to Cinema (2006). É um astro Pop na mais pura acepção da palavra e decerto, algum visionário já terá afirmado que o século XXI será inteiramente dominado por Zizek, sua pregação à violência e seu incomensurável amor a Stálin.
Todavia, a estreita ligação com o texto há tempos publicado faz-se presente na seguinte passagem da obra de Zizek:
“A (…) virtualização do capitalismo é, em última análise, a mesma do elétron na física das partículas. A massa de cada partícula elementar é composta pela sua massa em repouso mais o excedente fornecido pela aceleração do seu movimento; no entanto, a massa de um elétron em repouso é zero, pois a sua massa consiste apenas no excedente gerado pela aceleração, como estivéssemos lidando com um nada que adquire uma substancia enganosa apenas por girar magicamente até tornar- se excesso de si mesmo”.
John Gray não resiste e tece as seguintes considerações:
“É impossível ler o trecho acima sem lembrar o caso Sokal, em que Alan Sokal, um professor de física, apresentou um artigo-paródia - “Transgredindo as fronteiras: rumo a uma hermenêutica transformativa da gravidade quântica” - a uma revista de estudos culturais pós-modernos. Também é difícil ler isso, e muitas passagens semelhantes de Zizek, sem desconfiar que ele esteja envolvido – seja intencionalmente ou não – em uma espécie de autoparódia”.
Afastemos todo o lustro terminológico dos argumentos tendentes à defesa do Stalinismo e ao fim temos apenas o elogio do monopólio estatal da força posto a serviço da imposição de seu ideário/interesses. E não há aqui qualquer distinção à idêntica utilização da coercitividade levada a efeito pelo cristianismo, pelo nazismo, pelo iluminismo e pelo capitalismo.
São todos movidos pelos ismos à que já se referiu John Gray. São todos movimentos messiânicos destinados à redenção do homem.
Ora tem-se a promessa do paraíso livre de todo e qualquer pecado. Ora a redenção apresenta-se na forma de uma sociedade sem classes, liberta da exploração.
A visão que se projeta é de tal maneira sedutora que justifica todos os meios utilizados à sua consecução.
Ao Stalinismo falta apenas uma montanha de vítimas silentes e esquálidas com os olhos tomados pelo terror.
No mais, a oitiva das defesas dos acusados no mensalão conduz-me ao mesmo tipo de reflexão.
Não há ali qualquer resquício de ciência ou mesmo o mero encadeamento lógico do raciocínio. São peças prenhes de escárnio e o mar de vítima tem início nos jactantes ministros do STF e deságua no imposto nosso de cada dia.
domingo, 12 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Revista de História da Biblioteca Nacional
Por Máximo
Nas bancas, na prestigiosa Revista de História da Biblioteca Nacional, um desenho meu ilustrando a verdadeira mineração de Fábio Kuhn para reunir as fontes de seu projeto de doutorado.
SRN
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Perfunctórias Linhas Olímpicas
Por Tadeu dos Santos, graduado em Ciências Sociais e Direito, pela UERJ.
Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, foi publicado em 1º de dezembro de 1933 (45 anos após o “fim” da escravidão) .
Em apertadíssima síntese, podemos afirmar que o autor tenta desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo no que dá maior importância àqueles culturais e ambientais. Com isso refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada a miscigenação que aqui se estabeleceu. Antes, aponta para os elementos positivos que perpassam a formação cultural brasileira composta por tal miscigenação (notadamente entre portugueses, índios e negros). Mais tarde, Freyre cunharia a expressão democracia racial deságue natural da miscigenação nascida na casa grande, onde conviviam os senhores e os escravos harmoniosamente. Miscigenados, pois.
Posteriormente, claro, apontaram-se as falhas ínsitas ao festejadíssimo livro. As críticas foram capitaneadas por setores situados à esquerda do Movimento Negro.
Como se verá adiante, não se tem aqui a pretensão de analisar minudentemente a noção de democracia racial construída ao longo do clássico Casa Grande e Senzala, mas é por demais óbvio que ele passa ao largo da coisificação que se movia com vistas a desumanizar o negro.
Percebam que a coisificação já tinha início no apresamento de escravos na Àfrica (Um defeito de Cor – Ana Maria Gonçalves, editora Record, 2006), prosseguia durante o embarque e travessia da África ao Brasil (Tumbeiros – O Tráfico de Escravos para o Brasil, Editora Brasiliente, 1985). Uma perspectiva algo exagerada e jornalística do cotidiano do escravo está em “O Negro no Brasil” de Julio José Chiavenatto.
Essa reflexão, algo dicotômica e maniqueista, decorre de tudo quanto li nas redes sociais acerca da eliminação da judoca brasileira Rafaela Silva.
A esta altura somos todos sabedores de que à eliminação sucederam-se xingamentos do seguinte jaez “lugar de macaco é na jaula” e/ou “vá pra selva que lá é o seu lugar”.
É extremamente árdua e dolorosa a preparação de uma atleta de judô para a disputa de competições de altíssimo nível e, obviamente, o esgotamento psicológico fica todo o tempo à espreita.
Assim sendo, houve, naturalmente, a pronta resposta de Rafaela a todas as provocações e xingamentos de nítido cunho racista à ela dirigidas pelos diletos “membros de nossa democracia racial”.
É incomum o surgimento do racismo em meio à normalidade. Ele dá as caras justo nos momentos em que se opera a agudização dos conflitos. É na disputa do emprego que o “branco democrata” torcerá para que a cor da pele seja um fator determinante a ditar a futura escolha.
No passado foram, dentre outras fontes, as epístolas e no presente são as redes sociais. Sobre elas debruçar-se-ão os futuros historiadores ao estudarem o cotidiano de pessoas que viviam aos cliques e que usaram os scraps para matar o tanto que ainda restava de inteligência por aqui.
As postagens de hoje revelam que derrota e desclassificação em competições olímpicas ainda não são “direitos” deferidos aos negros. Há quatro anos foram idênticas as ofensas racistas dirigidas a Diane dos Santos por não trazer o tão sonhado ouro para deleite de nossas elites brancas. Somos os destinatários da máxima de que o futuro é apenas mais passado à espera de acontecer.
Tentando desqualificar a política de cotas raciais, Ali Kamel escreveu o “Não Somos Racistas” para concluir que esse sistema seria cabível apenas naquelas sociedades em que o racismo foi institucionalizado.
Na realidade, somos sim racistas de um tipo bem peculiar e pernicioso. Propalamos a igualdade racial e com isso protelamos indefinidamente o efetivo enfrentamento do problema.
Mas essas perfunctórias linhas apenas tentam manter o blog antenado aos acontecimentos olímpicos. As melhores respostas foram dadas pela própria Rafaela Silva. Eis uma delas:
"Vai se f..., filho da p... Perdi sim, sou humana como todos. Errei e sei que tenho capacidade de chegar e conquistar uma vaga para 2016. Você já não tem o que fazer e fica falando m... por aí. Tenha capacidade, conquiste uma vaga nas olimpíadas e depois a gente conversa".
Dá-lhe Rafaela.
domingo, 5 de agosto de 2012
Angra
Por Máximo
O problema foi a chuva. Mas, à parte o tropeço à altura de um paulista, valeu, e a ideia era escrever alguma coisa sobre o período da ditadura, as usinas nucleares polêmicas de Geisel, a morte de Herzog, "suicidado", o diabo. Chuva, mais chuva. E vida que segue, sempre segue na bela companhia Rubro-Negra.
SRN
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Faça-me um Favor
Por Tadeu dos Santos
“...As rugas fizeram residência no meu rosto
Não choro pra ninguém me ver sofrer de desgosto
Eu que sempre soube esconder a minha mágoa
Nunca ninguém me viu com os olhos rasos d'água
Finjo-me alegre pro meu pranto ninguém ver
Feliz daquele que sabe sofrer ...”
Nélson Cavaquinho
Não iremos dividir o futebol brasileiro em fases ou eras. Convenhamos, porém, que já vivemos tempos em que futebol e beleza formavam um casal cuja estreita união fazia com que, a despeito da finitude vista em toda a parte, acreditássemos que eram eternos.
E assim em 1958 tivemos Nilton Santos, Didi, Garrincha e Pelé.
Em 1970, deuses ainda circulavam por aqui e faziam aparições geniais pelos gramados da vida. E tínhamos Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino, Paulo Cesar.
Ainda em 1982 divindades que não guardavam o mesmo brilho que as antigas ainda davam-se à visão dos mortais.
Sim! Vivíamos a era do Futebol-Arte. Sim! Éramos felizes e não sabíamos. Aliás, a ironia ínsita à felicidade é que nunca somos sabedores de sua presença ou ausência. Quando achamos que está, já foi. Quando juramos vê-la pelas costas, ela está logo ali, aninhada no seu colo.
Numa dessas idas e vindas do tempo, a força e a marcação entraram por uma porta e evadiram pela outra o riso e a beleza. Dunga é o antepassado mais próximo dos dementadores deRowling, autora que dividiu o mundo em branco e preto, olvidando-se das nuances situadas no meio.
Tivemos então a era do futebol-força.
E não é que o esporte, com seu imenso potencial de pegar atalhos que impeçam a mesmice e a obviedade, nos traz os tempos do futebol-trapaça?
Ganhávamos de 3 x 0 da Nova Zelândia e não havia qualquer necessidade para simulação, mas eis que o atleta Alecsandro atira-se ao chão após um lance normalíssimo e ganha o devido e merecido cartão vermelho.
Por que aquele velhaco cavou aquela falta?
Ainda que isso soe algo desarrazoado e exagerado, não temo em afirmar que optamos pela vitória acompanhada do engodo, da condução do árbitro ao erro à vitória baseada, apenas e tão somente, no mérito.
Ao tornar-se veloz e escravo da força física o futebol trouxe consideráveis dificuldades aos árbitros. Não é fácil “apitar” um jogo de futebol ainda que os 22 jogadores busquem da maneira mais correta possível o resultado que lhes seja favorável.
Imagine, por outro lado, a condução de uma partida em que os 22 jogadores entram em campo com o firme propósito de levá-lo ao erro.
Por que nos arriscamos a lançar ao lixo a nossa fantástica trajetória no futebol? Vejo as simulações e confesso que sou tomado por um constrangimento que tem o condão de apequenar-me. Esse simulacro é vexatório e humilhante. É como se estivéssemos a anunciar que essa é o novo jeito brasileiro de jogar bola. E o mais grave é que traz a reboque a confissão de que só assim temos chances. É com a burla das regras do jogo que iremos impor ao mundo o nosso futebol-trapaça.
A verticalidade dos efeitos dos maus exemplos ministrados diariamente por “nossas elites políticas” chegou ao futebol.
São mesmo bicudos os tempos que nos são dados a viver, não?
No mais, só mesmo lamentar que os profissionais do sportv tenham, vez mais, ido à cobertura de um evento esportivo internacional travestidos de torcedores.
Não há espaço ali para críticas que denotem qualquer resquício de pessimismo. As denominadas mesas-redondas parecem, em tudo e por tudo, com os Jardins do Éden.
- Tens tudo ao seu inteiro dispor, até mesmo a eternidade. Mas não ouses pensar.
Dias desses um ex-árbitro de futebol foi devidamente advertido após haver criticado o atleta Neymar por se jogar. O autor da admoestação foi o indômito Galvão Bueno. O mesmo que diante da boa atuação do atacante paulista diante da BIELORRÚSSIA ( pais de “enorme” tradição no futebol – como todos sabem), não titubeou em chamar-lhe de gênio.
A palavra, a crítica, a busca da verdade e a imparcialidade são o norte de qualquer jornalista que tenha algum apreço pela profissão. No entanto, esses atributos não são encontradiços nas transmissões do canal de que vimos a falar.
Neymar, obviamente, não é gênio. Geniais, na mais pura acepção da palavra foram foram Pelé, Garrincha, Zidane, Maradona, Zizinho, Rivelino, Gérson.
A utilização áulica da palavra tem o condão de lhe retirar o significado. Ela resta esgarçada, elastecida e inservível a veicular o pensamento.
Finalizo lamentando a cena ocorrida ontem no “Conexão Sportv”. Renato Maurício Prado foi desancado e humilhado pelo condutor do programa, Galvão Bueno.
Renato Maurício Prado é mais um daqueles jornalistas globais cujo lote já está devidamente reservado no paraíso. É, por mais paradoxal que isso possa parecer, um jornalista acrítico.
Ainda assim, os cabelos que já lhe vão brancos e os anos de dedicação à “profissão” bem que podiam fazerem-se depositários de um maior respeito pelo, digamos assim, colega.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
"Só Jesus Expulsa Demônio das Pessoas"
Por Máximo
Nascer, crescer, viver em Vila Isabel é mais ou menos como o desenhista que busca o tema, o referencial não plástico, a fim de ajustar o gesto, evitando a gratuidade.
Quando faço uma série baseada no Projeto "Memórias Reveladas", do Arquivo Nacional, sobre os arquivos da ditadura, fustigando-lhe as vísceras, não sei o que virá, mas, percebo com clareza o que não está pronto ou o que deve ser refeito ou cortado.
Vila Isabel possui esta característica: andar sem pressa sem descurar da dinâmica urbana que afeta todo bairro carioca.
Se se quiser seguir à esquerda, saindo de uma de suas vilas, indo em linha reta até o início da Gonzaga Bastos, o sentido da caminhada afirma-se mais do que nunca ideológico: é que se se dá de cara com o quartel da PE de tantas torturas indispensáveis à revelação. Pra que a pressa em cruzar as esquinas da Maxwell, rua dos Artistas, em frente à Senador Soares, Muniz Freire, Saruê, Antônio Salema? A Comissão da Verdade precisa andar pelo bairro, tranquila, mas objetiva.
Outro caminho pode levar-nos logo à Copa. Basta virar à direita, saindo da mesma vila, entrar na "rua do rio", a Negrão de Lima, Manoel de Abreu, o Pedro Ernesto, da memória, do afeto, hoje apenas da incúria estadual. Estamos há pouco do Maracanã, ou do seu arremedo para quem o frequentara, primeiro, aos ombros do pai, na antiga Charanga, mais tarde, mais velho, no mesmo lado esquerdo da tribuna, para a Grande Arte de Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; tita, Nunes e Lico. A este respeito, aliás, vale uma lida no artigo traduzido no sítio da Carta Capital da The Economist para saber como "projetos-troféus" não são, de fato, o melhor gasto do dinheiro público, tampouco as tão decantadas infra-estrutura e renovação urbana, que estariam mais para "Celacanto provoca maremoto", aquele famoso "enigma", tributário aos Incas venuzianos do Nacional Kid, escrito pelas paredes e muros do Rio na década de 70, e que a ditadura, vendo comunista até em seriado japonês, considerava um código para a subversão do mundo cristão ocidental. "Celacanto provoca maremoto" hoje virou "Só Jesus expulsa demônio das pessoas", tal qual a renovação um engodo em investimentos voltados prioritariamente não só para a construção de estádios desnecessários, quando não um estorvo, além de remoções e rotas urbanas estratégica e convenientemente pensadas para lhes conduzir o tráfego.
SRN
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
"Nossa Imprensa": o Silêncio dos Covardes
Por Tadeu dos Santos
Ingressei na UERJ pela primeira vez em 1983 e Retornei em 1991. Fiz, pois, 2 cursos de graduação naquela instituição. Tenho excelentes recordações daqueles tempos e mantenho com a universidade uma relação de muito carinho e gratidão.
Juntamente com os bons momentos ali vividos, acorrem-me à memória uma miríade de paralisações que, em sua grande maioria, pugnavam por melhores salários e otimização das condições de trabalho.
Ressalte-se a observação supra não traz qualquer condenação a movimentos paredistas que tiveram por norte motivações de cunho político. Não há qualquer exclusão recíproca entre eles e cumpre salientar que ainda que sejam demandados apenas pleitos de caráter objetivo, há, claro, questões políticas em jogo.
Acaso nos dedicássemos a escrever a história dos movimentos paredistas na educação brasileira, haveríamos de dedicar substancial atenção ao comportamento da imprensa no acompanhamento de tudo quanto ali se discutia.
Dessoa cristalino que há nítido interesse público na compreensão de tudo quanto envolve a educação. No entanto, o espaço dedicado ao assunto no jornalismo brasileiro é pífio e, no mais das vezes, pautado pela parcialidade de maneira a sempre favorecer a posição do Estado e levar ao descrédito toda a pauta de reivindicações.
Fui testemunha ocular de uma passeata dos professores municipais ocorrida em meio à greve e que terminou na Praça da Apoteose. O sol estava abrasador e a todo o instante os professores se movimentavam nas arquibancadas buscando um pouco de sombra. Mas a passeata foi concorridíssima e quase todo o espaço era ocupado pelos grevistas.
À noite, os criadores do jornalismo-mentira colocaram no ar, as imagens de pedaços da arquibancada tomados pelo sol e consequentemente vazios. A inelutável conclusão era: fracassa o movimento paredista, eis que a ele não aderiu a categoria.
Deflagrado o atual movimento paredista na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, e o comportamento de “nossa imprensa”, guardando o silêncio dos covardes, faz prova cabal de que nada, absolutamente nada, mudou.
É nesse contexto que se torna premente a discussão acerca do papel a ser desempenhado pelas redes sociais de modo a conferir voz àqueles a quem a imprensa oficial faz questão de ignorar, ainda que as formulações por eles trazidas comportem evidente interesse público.
A ordem do dia é fazer-se ouvido e tal e qual um movimento viral fazer com que se espalhe a pauta, levando-a a ouvinte e leitores afastados que de outra maneira, jamais saberiam de sua existência.
Pedidos formulados através de abaixo-assinados digitais também são instrumentos viabilizados pelas denominadas redes sociais.
A emissão de opiniões desvinculadas dos interesses dominantes também fazem com que os blogs se revistam de capital importância nesse embate consistente em dar visibilidade a pautas que, de outra forma, estarão destinado ao silêncio aquiescente de uma imprensa inteira divorciada dos interesses populares.
O mais grave em todo esse imbróglio é que tornou-se consenso a noção de que a educação é o único caminho a ser trilhado quando o que se persegue é a qualificação da mão de obra, ganhos de produtividade e aumento de competitividade.
Sem que investimentos constantes e maciços em educação de qualidade sejam efetivados, estaremos fadados à estagnação econômica que, frise-se, agravar-se-á tão logo cessem a oferta de investimentos e as facilidades creditícias.
Nesse quadro, impõe-se que educadores possam auferir ganhos compatíveis que além de remunerar adequadamente um ofício notoriamente nobre, possibilitará melhor qualificação e dedicação exclusiva, dentre tantos outros perseguidos pela categoria.
É deveras conveniente que lamentemos o quadro de nossa educação todas as vezes em que nos deparamos com o IDH, na ocorrência das chamadas olímpiadas escolares, em nossa ausência na lista dos países que mais tiveram inovações tecnológicas, quando atestamos a baixíssima qualificação de nossa mão de obra ou nossa parca competitividade. Inaceitável é quedarmo-nos silentes quando os únicos aptos a viabilizar as necessárias mudanças nesse quadro aterrador, veiculam suas reivindicações.
Os professores brasileiros em início de carreira ganham o 3º pior salário do mundo.
Acaso tomemos os salários de professores universitário (no topo da carreira), verificaremos que nossos professores aparecem na 17ª posição auferindo ganho mensal equivalente a 4.550 dólares. Estamos bem distantes dos professores da Noruega (US$ 9.485, África do Sul (US$ 9.330), Itália (US$ 9.118), Arábia Sauditaas (US$ 8.524), Reino Unido (US$ 8.369), Malásia (US$ 7864), Austrália (US$ 7.499), Índia (US$ 7.433), EUA (US$ 7.358).
Evidente, portanto, que o salto de qualidade no ensino brasileiro passa necessariamente pela majoração dos salários da categoria.
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